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dc.contributor.advisorFeltes, Heloísa Pedroso de Moraes
dc.contributor.authorFantinel, Fernando Sidnei
dc.contributor.otherIbaños, Ana Maria Tramunt
dc.contributor.otherFraga, Dinorá Moraes de
dc.contributor.otherBombassaro, Luiz Carlos
dc.contributor.otherSantos, Rafael José dos
dc.date.accessioned2017-02-16T12:32:49Z
dc.date.available2017-02-16T12:32:49Z
dc.date.issued2017-02-16
dc.date.submitted2016-06-27
dc.identifier.urihttps://repositorio.ucs.br/handle/11338/1627
dc.descriptionA Tese investiga uma possível contribuição de Aristóteles à sistematização da leitura no ocidente. Parte do princípio de que a leitura é desencadeada pela admiração (to\qauma/zein) em relação à complexidade do mundo. Mundo esse entendido como kosmos (kosmoj), dando assim uma dimensão, sobretudo, física a ele, e não apenas metafórica. Busca encontrar evidências de que Aristóteles promoveu os primeiros elementos que permitiram o surgimento do leitor autônomo de forma ampliada. Paralelamente a isso, ao instituir o gênero do tratado como forma de expor o seu pensamento, favoreceu a transição da oralidade para a escrita, iniciada por Platão, ao menos no que se refere ao texto filosófico, mas não apenas. Procura, no conceito de deliberação (bou/leusij) proposto por Aristóteles, elementos que constituem e dão embasamento para os mais diversos modos de promover leituras que possam se aproximar daquilo que comumente chamamos de uma leitura apropriada. Assim, a deliberação e a sua relação com a leitura constituem-se no problema central da presente investigação. Problema esse que, dentre outros, procura verificar em que medida a deliberação poderia contribuir para uma leitura mais segura dentro de processos inferenciais que fazemos, bem como a utilização adequada, ou não, da deliberação pode interferir nos mais diversos modos de leitura e as implicações éticas envolvidas nesse processo. Assim, procura identificar os elementos que constituem a deliberação; verifica como se dá o processo de leitura a partir dela. De modo sintético, esses objetivos, na sua especificidade, tentam contemplar o que implica no processo de leitura. Tais implicações incluem aspectos cognitivos, emocionais, afetivos, sensoriais, apenas para citar alguns. A análise suscita uma preocupação sobre o texto escrito, no entanto, outros focos de leitura também são objeto de investigação. A pesquisa tem como aporte um caráter notadamente bibliográfico, não obstante apresente elementos exploratórios. O desenvolvimento do texto apresenta-se estruturado em três momentos: a) o surgimento da leitura a partir da admiração; leitura desencadeada pela deliberação humana; a transição da oralidade para a escrita; a superação às doutrinas não escritas; o tratado como gênero adotado por Aristóteles; a leitura como resultado da necessidade humana de oferecer explicações ao mundo que nos cerca; o pensamento platônico na “passagem” da oralidade para a escrita; possíveis conceituações de leitura; b) em que consiste a deliberação para Aristóteles e sua possível estruturação; análise da percepção (aiãsqhsij); escolha (proai/resij); desejo (bou/lhsij); inteligência (su/nesij) e o discernimento (gnw/mh); o meio-termo (meso/thj) e a sabedoria prática (fro/nhsij) como virtude intelectual (dianohtikh\ a)reth/) e os conceito de Ato (e)ne/rgeia) e Potência (du/namij); c) como a deliberação atua no processo de leitura; a relação da leitura com os elementos constituintes da deliberação; a leitura como um dizer sobre o dito; a leitura como a atualização da escrita; as ações e suas consequentes interpretações voluntárias, involuntárias e mistas, que possibilitam, dentre outros, modos pragmatistas e normativos de fazer uma leitura.pt_BR
dc.description.abstractThe thesis investigates a possible contribution of Aristotle to the systematization of reading in the West. It assumes that reading is triggered by admiration (to\qauma/zein) regarding the complexity of the world. Such world is understood as Kosmos (kosmoj), thus giving a particularly physical dimension to it, not only metaphoric. It is aimed to find evidences that Aristotle promoted the first elements which allowed the arising of the autonomous reader in an extended way. In parallel, when established the gender of treatise as a way to expose his thoughts, it favored the transition from orality to writing, initiated by Plato, at least in regard to the philosophical text, but not merely it. It is sought, in the concept of deliberation (bou/leusij) proposed by Aristotle, elements that constitute and give basis for a wide range of means to promote readings that can approach what we commonly call an appropriate one. Thus, the decision and its relation with reading constitute the central problem of the present research. A problem which, among others, tries to verify to what extent the deliberation could contribute to a safer reading within inferential processes that we do as well as the proper use, or not, of the decision can interfere in the most diverse ways of reading and the ethical implications involved in this process. So, it is attempted to identify the elements that constitute the deliberation; and check as the process of reading happens from the deliberation. Synthetically, these objectives, in their specificity, try to behold what implies the reading process. Such implications include cognitive, emotional, affective, and sensory aspects, just to mention a few. The analysis raises a concern about the written text, however other reading aspects are also under investigation. The research has a particularly bibliographic framework, nevertheless it presents exploratory elements. The development of the text presents itself structured at three different moments: a) the emergence of reading from admiration; reading triggered by human decision; the transition from orality to writing; the overcoming to the unwritten doctrines; the treatise as a genre adopted by Aristotle; reading as a result of human need to provide explanations to the world around us; Platonic thought in the "passage" from orality to writing; possible conceptualizations of reading; b) wherein lies the deliberation to Aristotle and its possible structuring; analysis of perception (aiãsqhsij); choice (proai/resij); desire (bou/lhsij); intelligence (su/nesij) and discernment (gnw/mh); the medium-term (meso/thj) and practical wisdom (fro/nhsij) as intellectual virtue (dianohtikh\ a)reth/) and the concept of Act (e)n/rgeia) and power (du/namij); c) how the deliberation works in the reading process; the relation of reading to the elements of the deliberation; reading as a saying of the said; reading as the updating of the writing; the actions and their consequent voluntary, involuntary and mixed interpretations that enable, among others, pragmatic and normative ways of doing a reading.en
dc.language.isoptpt_BR
dc.subjectAristótelespt_BR
dc.subjectLeiturapt_BR
dc.subjectEscritapt_BR
dc.subjectOralidadept_BR
dc.subjectReadingen
dc.subjectWritingen
dc.subjectOralityen
dc.titleLeitura e deliberação : um retorno a Aristótelespt_BR
dc.typeTesept_BR
mtd2-br.advisor.instituationUniversidade de Caxias do Sulpt_BR
mtd2-br.advisor.latteshttp://lattes.cnpq.br/4738137400044274pt_BR
mtd2-br.author.lattesFANTINEL, F. S.pt_BR
mtd2-br.program.namePrograma de Pós-Graduação em Letraspt_BR


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