Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) está associado ao aumento no estresse oxidativo. Quando não tratado, pode resultar em nefropatia diabética. Os antioxidantes da alimentação são capazes de neutralizar o impacto das espécies reativas de oxigênio, reduzindo o dano às células. Objetivo: Avaliar a associação entre a capacidade antioxidante total (TAC, do inglês total antioxidant capacity) da dieta e parâmetros clínicos em pacientes com DM2. Metodologia: Estudo transversal, incluindo pacientes ambulatoriais com DM2 que foram submetidos a exames clínicos, bioquímicos e antropométricos. A ingestão alimentar foi verificada através de questionário de frequência alimentar. A TAC da dieta foi quantificada por meio da base de dados da USDA para ORAC de alimentos selecionados e após dividida em tercis de ORAC para a comparação entre as variáveis. Resultados: Foram avaliados 197 pacientes com idade média de 62,48 ± 9,15 anos. A mediana da TAC da dieta foi de 11.676,2 (7.956,3 ? 15.377,0) µmol/Trolox equivalente. Houve maior prevalência de pacientes com doença renal do diabetes (p<0,05) nos tercis 1 e 3, assim como glicemia aumentada (p<0,05) e HbA1c (p<0,05) nos mesmos grupos, em comparação ao tercil 2 de TAC. O maior consumo de TAC foi inversamente proporcional a relação cintura quadril e ao consumo de ácidos graxos saturados, monoinsaturados e trans. Consumo de energia, carboidrato, fibras, vitamina C, frutas e legumes foram associados com o maior consumo de TAC na dieta da população de estudo. Conclusão: Os pacientes com a média do valor de referência de consumo antioxidantes podem estar associados a valores inferiores de marcadores glicêmicos e de doença renal do diabetes em comparação aos pacientes dos grupos extremos de baixo e elevado consumo de antioxidantes. [resumo fornecido pelo autor]