Desempenho à corrosão de corpos de prova de aço carbono revestidos com cromo trivalente e com posterior aplicação de um filme de passivação de cromo trivalente eletrolítico
Zusammenfassung
A eletrodeposição metálica, atualmente, é uma das formas mais utilizadas para obtenção de barreiras protetivas contra meios corrosivos. Por muito tempo utilizou-se processos à base de cromo hexavalente como revestimento protetivo, porém por se tratar de um composto agressivo ao ser humano e meio ambiente, foi necessário o desenvolvimento de processos sustentáveis, como é o caso do cromo trivalente. Todavia, os revestimentos à base de cromo trivalente mostraram-se pouco eficientes quanto a proteção corrosiva, com isso necessitou-se realizar a aplicação de passivações químicas ou eletrolíticas para que houvesse um incremento no desempenho a resistência à corrosão. Dessa forma, o presente trabalho tem como principal objetivo a avaliação da melhor condição de tensão para aplicação de uma passivação trivalente eletrolítica sobre revestimento de cromo trivalente. Dentro deste contexto, decidiu-se testar, inicialmente, as condições de tensão 4, 6 e 8 volts, as quais foram baseadas na condição ideal de um processo trivalente eletrolítico já comercializado pelo fornecedor. Realizou-se um ensaio preliminar de névoa salina, selecionando as condições de tensão 4 e 6 V, as quais apresentaram melhor resultado. Realizou-se ensaios de microscopia eletrônica de varredura com emissão de campo (MEV/FEG) e espectroscopia por dispersão em energia (EDS), a fim de analisar a morfologia do filme passivante, bem como o produto de corrosão após ensaio de névoa salina. Observou-se por microscopia eletrônica de varredura (MEV/FEG) a formação de micro trincas nos corpos de provas (CP?s) passivados, em menor intensidade na condição de tensão de 4 V, também, a formação de produtos de corrosão provenientes do material base, ferro. Do mesmo modo, realizou-se ensaios eletroquímicos e de corrosão, onde foi possível observar a tendência de formação de um filme passivante e uma leve melhora na resistência a corrosão em relação ao corpo de prova sem filme passivante. Com o intuito de avaliar as possíveis alterações nas propriedades mecânicas do CP?s com filme passivante em relação ao sem camada passiva, efetuou-se ensaios de microdureza Vickers e dureza à lápis, onde não foi constatado nenhuma alteração. Contudo, no ensaio de aderência, observou-se um pequeno destacamento na condição de tensão de 4 V, porém não foi considerado significativo. As avaliações realizadas neste trabalho comprovam que a aplicação de um filme passivante pode ocasionar uma discreta melhora na resistência à corrosão. Ademais, através dos resultados obtidos pode-se concluir que mesmo obtendo uma melhora com a condição de tensão 4 V, as condições aplicadas não são as mais adequadas pois não obteve-se um filme livre de imperfeições. [resumo fornecido pelo autor]