Quantificação do ácido fólico em farinha de trigo adotando o método de cromatografia líquida de alta eficiência com detector UV: validação do método
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Data
2021-12-16Autor
Loreno, Karen Petyele
Orientador
Silva, Thiago Barcellos da
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A carência de vitamina B9 nas refeições diárias está relacionada principalmente à anomalias no desenvolvimento do feto, problemas de coração e medula óssea. E para suprir esta necessidade, países adotaram a obrigatoriedade da fortificação de alimentos com ácido fólico, e para isto, utilizaram a farinha de trigo e milho como principal meio, pois está presente praticamente em todos os cafés da manhã. Para garantir o controle de qualidade na fortificação do produto entregue ao consumidor final, surgiu a necessidade em desenvolver métodos para a quantificação do ácido fólico nestas farinhas comercializadas no país. Este trabalho teve como objetivo avaliar o método de extração do ácido fólico em amostras de farinha de trigo tipo I, definir as condições para quantificação do analito por cromatografia líquida de alta eficiência e para a confiabilidade dos resultados se fez necessária a validação do método. A extração do analito foi realizada com solução de hidróxido de potássio 0,1 mol/L , seguida de dispersão com ultrassom e para diminuir os interferentes foi realizada a clarificação do extrato com soluções ácidas de ácido fosfórico e ácido tricloroacético, ambos na concentração de 0,1 mol/L. Para a injeção da amostra no cromatógrafo se faz necessário a filtração da amostra, e para facilitar esta etapa, o extrato foi centrifugado por 10 min em 3600 rpm e após filtrado para vial com membrana de fluoreto de polivinilideno. Para a análise cromatográfica foi injetado 20 uL da amostra, utilizando coluna C18, com eluição isocrática de 85% de tampão acetato com pH ajustado em 2,8 e 15% de acetonitrila, vazão de 0,5 mL/min e detector UV/Vis no comprimento de onda de 290 nm. O tempo de retenção do ácido fólico nas condições citadas, foi de 7,6 min. Após avaliou-se a seletividade do método obtendo um Fcalculado 9,012, menor que o Ftabelado, critério para confirmar que o método é seletivo. Determinou-se a faixa de trabalho e linearidade da curva de calibração, atendendo ao critério de aceitação para um R2 maior que 0,9945 entre 9 e 500 ug/L, além da verificação aleatória dos resíduos da curva de calibração. Determinou-se o limite de quantificação e detecção para o método de 17,53 ug e 5,79 ug para 100 g de farinha de trigo tipo I, respectivamente. Avaliou-se a taxa de recuperação do analito fortificado com concentração conhecida, obtendo-se uma média de 101,80%. Avaliou-se o desvio padrão relativo para a repetibilidade do método com 3 concentrações de padrão de ácido fólico analisadas em triplicata, obtendo DPR 0,49%, menor que o critério de 15%. Avaliou-se a precisão intermediária com as mesmas concentrações da repetibilidade, porém com intervalo de 10 dias, obtendo resultado de 0,52%, menor que 15%. Determinou-se pelo método definido no trabalho a quantificação do ácido fólico de 5 amostras comerciais de farinha de trigo tipo I, todas apresentaram teor de ácido fólico em acordo com o previsto Resolução da ANVISA RDC n° 150 de 13 de abril de 2017. Os parâmetros estatísticos avaliados demonstraram que o método proposto para validação é adequado para a determinação de ácido fólico em farinha de trigo tipo I, uma vez que os resultados ficaram dentro dos padrões estabelecidos como critérios de aceitação. [resumo fornecido pelo autor]