Esta dissertação de mestrado situa-se no contexto da atual crise do Ensino Médio, a qual acontece num contexto influenciado por fatores extra e intra-escolares, demonstrando uma inadequação da instituição escolar às necessidades e aos interesses dos jovens estudantes. Confrontamo-nos, aqui, com questões referentes ao sentido das práticas da instituição escolar em relação ao cotidiano dos jovens. Observou-se a juventude que compõe esse nível de ensino com as lentes da História Cultural, que considera não apenas os documentos oficiais como representantes dos fatos históricos, mas, também, as construções culturais das pessoas, suas impressões sobre o ambiente que as cerca, sobre os acontecimentos com os quais estabelecem contato, suas subjetividades, suas narrativas. O objeto central de estudo desta pesquisa é a relação pedagógica entre o professor e os jovens estudantes, o qual exigiu que os atores envolvidos fossem ouvidos em suas percepções sobre a mesma. Tais percepções foram observadas por meio da analise decorrente de aplicação de questionários estruturados, tendo como participantes 3 professores de uma escola pública, 2 professores de uma escola privada, 52 estudantes de uma escola pública e 89 estudantes de uma escola privada de Caxias do Sul. A entrevista constituiu em procedimento complementar para a construcao do bando de dados da pesquisa. Entre as conclusoes formuladas no percurso do estudo, encontram-se percepções dos professores e estudantes sobre a relação pedagógica, suas indicações voltadas às necessidades de reestruturação dessa relação e as dificuldades referidas por ambos para colocar essa reestruturação em prática. As contribuições de Paulo Freire (2013), sobre a importância do diálogo pedagógico embasaram a reflexão, as quais foram agregadas das formulacoes de autores cujos estudos associam juventude e Ensino Medio, entre eles: Juarez Dayrell, Elisete Tomazetti, Nara Ramos, Adriano Oliveira e Vitor Schlickmann.