Subjetividade midiatizada: narrativas digitais do sujeito contemporâneo
Fecha
2021-12-10Autor
Espeiorin, Vagner Adilio
Orientador
Conte, Raquel Furtado
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A atualidade é marcada por transformações nos modos de subjetivação e vê crescer o uso de tecnologias digitais para a comunicação entre as pessoas. No plano dessas novas trocas de informação, as redes sociais encontram um papel importante por permitir novas experiências de se relacionar e também de se expressar, construindo narrativas para dar conta de uma identidade pessoal. A partir desse contexto, o presente estudo busca discutir quais as possíveis relações entre narrativas digitais e formas de subjetivação. Para dar conta de tal tarefa, pretende-se caracterizar a contemporaneidade, descrever a narrativa nas redes sociais e, ainda, apresentar novas formas de subjetivação. A construção do trabalho se dá a partir dos estudos sociais sobre a contemporaneidade, a narrativa digital e a psicanálise. De natureza qualitativa, o trabalho tem um cunho exploratório e interpretativo. A fonte utilizada foi a série americana You; tendo como recorte os episódios da primeira temporada. As cenas escolhidas foram transcritas em uma tabela para análise de conteúdo. Os resultados foram categorizados a partir de unidades de contexto para posterior discussão temática, de forma a contemplar os objetivos da pesquisa. Foram elencadas três categorias, a saber: a) Vida na Contemporaneidade, b) Narrativas Digitais e c) Autocentramento e Exterioridade. Com o estudo, percebe-se que a vida na contemporaneidade é marcada pelo uso das novas mídias, com destaque para a dimensão política, econômica e social desse comportamento na atualidade que exibe, ainda, uma ruptura no modo de perceber as fronteiras entre o público e o privado. Por meio das tecnologias de comunicação, as pessoas produzem narrativas digitais e pessoais midiatizadas pelas redes sociais que se conectam à ideia de representação. No universo on-line, o usuário vai expondo seu dia a dia e também suas ideias, tecendo sua rede de amigos e/ou seguidores como uma persona, gerando um efeito de real à narrativa virtual. Em última análise, o processo narrativo em ambientes virtuais exemplifica novas formas de subjetivação na contemporaneidade, marcadas pelo autocentramento, pela exterioridade, pela cultura do narcisismo e da imagem, pela performance e pela estetização da existência, e colabora, por fim, na produção de um fenômeno desses tempos: a subjetividade midiatizada. [resumo fornecido pelo autor]
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- Psicologia - Bacharelado [243]