A violência intrafamiliar é uma forma de disciplina utilizada por alguns pais com as crianças, com o intuito de educar as mesmas. Comum na época do patriarcalismo, essa prática foi criticada e considerada proibida pelas leis de proteção à infância, principalmente com a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Atualmente existe uma preocupação com estas práticas parentais, por acarretar em diversas consequências negativas no desenvolvimento da criança. Esta pesquisa bibliográfica, objetiva descrever as possíveis relações da violência intrafamiliar no desenvolvimento da autoeficácia em crianças nos anos iniciais do ensino fundamental. Para isso, primeiramente buscou-se conceituar a autoeficácia na perspectiva da teoria social cognitiva, bem como, caracterizar a violência intrafamiliar e, além disso, apresentar um breve panorama do desenvolvimento psicossocial em crianças entre seis e doze anos. A pesquisa teve um delineamento qualitativo, de cunho descritivo e exploratório. Como fontes, foram utilizados periódicos on-line, na base de dados da Scielo, publicados nos últimos nove anos. Como instrumento, foi utilizada uma ficha bibliográfica. Para a análise e interpretação dos resultados foi utilizada a síntese integradora, a fim de solucionar o problema da pesquisa. Os principais resultados apontaram o importante papel que a família desempenha no desenvolvimento global da criança, e que a violência infantil, adotada como prática educativa, configura-se como prejudicial à saúde física e mental das mesmas, podendo afetar negativamente sua autoeficácia no contexto escolar. Neste sentido, existem medidas que a sociedade como um todo pode adotar para ajudar na diminuição da violência, enfatizando a importância dos profissionais de saúde e educadores que convivem com as crianças e podem estar identificando mais facilmente as vítimas, podendo e devendo realizar a notificação, contribuindo assim com uma possível melhora na qualidade de vida das vítimas. [resumo fornecido pelo autor]