Articulações entre mal-estar e repressão às mulheres: um olhar psicanalítico freudiano
Date
2021-12-10Author
Koch, Fernanda de Quadros
Orientador
Cemin, Tânia Maria
Metadata
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Este trabalho acadêmico tem como objetivo identificar possíveis articulações entre mal-estar e patriarcado no contexto das relações de gênero na sociedade brasileira contemporânea em uma perspectiva psicanalítica freudiana. A partir da revisão da literatura, que aborda o conceito de mal-estar, as relações de gênero e patriarcado e contextualiza a realidade brasileira para as mulheres na contemporaneidade. Como aporte teórico, além da revisão de artigos e livros, têm-se indicadores oficiais sobre o cenário brasileiro no que tange à repressão às mulheres. O conceito amplo de patriarcado refere-se a um poder exercido pelos homens sobre as mulheres, num sistema de dominação social no qual os homens são detentores do poder e têm acesso a todas as instituições importantes da sociedade, são formuladores das leis e dominantes na conjuntura cultural. A aquisição de direitos não significa que o patriarcado deixou de existir, mas justamente que esse sistema se adapta ao período histórico, para continuar existindo. Como método de análise de conteúdo do artefato cultural do tipo livro para a interpretação dos resultados, faz-se uma análise de conteúdo, a partir da ilustração de trechos do artefato cultural O Conto da Aia (Atwood, 2017). Os resultados são analisados a partir de uma tabela com os trechos do livro julgados relevantes para a ilustração do conteúdo abordado, juntamente com as possíveis relações propostas acerca do material apresentado na revisão da literatura. A discussão salienta as formas de controle e repressão às mulheres e o agravamento do mal-estar desencadeado, respondendo ao problema de pesquisa proposto. Esse mal-estar, na teoria freudiana, é inerente a estar no mundo, mas agravado pelas relações que se estabelecem na civilização. Assim, destaca-se a continuidade da sociedade patriarcal e machista, com relações de gênero ainda pautadas em desigualdade e repressão, além da culpabilização das vítimas da violência de gênero. A importância da escuta do mal-estar nomeado por cada indivíduo, deixando-os falar sobre seu sofrimento é o principal papel da psicologia nessa discussão. [resumo fornecido pelo autor]
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- Psicologia - Bacharelado [243]