Desfecho da terapia endodôntica e condição restauradora de dentes tratados por graduandos da faculdade de odontologia da Universidade de Caxias do Sul - avaliação clínica, radiográfica e nos prontuários dos pacientes
Data
2022-07-11Autore
Bartelle, Gabriela Tonet Bassani
Reis, Dianeia Miranda dos
Orientador
Pelisser, Fabiana Vieira Vier
Metadata
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Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar clinicamente e radiograficamente o sucesso do tratamento endodôntico e a condição restauradora de dentes tratados por alunos graduandos da Faculdade de Odontologia da Universidade de Caxias do Sul (UCS - Caxias do Sul/RS), nos anos de 2019, 2020 e 2021, além de avaliar os prontuários dos pacientes quanto ao seu preenchimento e organização radiográfica. Materiais e Métodos: A partir do levantamento dos casos endodonticamente tratados, os pacientes foram contatados por telefone para retornarem à faculdade para nova avaliação. Os seguintes dados foram apontados: dente tratado endodonticamente e diagnóstico. Quanto ao prontuário, foram analisados: presença e qualidade das radiografias de diagnóstico, presença de registro da restauração definitiva feita após o tratamento endodôntico, assim como a presença e preenchimento da ficha de diagnóstico endodôntico. Na consulta de proservação, o dente tratado endodonticamente foi classificado como presente ou ausente. O tratamento endodôntico foi classificado como sucesso (cura completa ou incompleta) ou falha (cura incerta ou cicatrização insatisfatória), valendo-se do exame clínico e radiográfico. A restauração coronária foi classificada como ausente ou presente. Quando presente, como definitiva ou provisória, dependendo do material empregado. A qualidade da restauração foi classificada como satisfatória ou insatisfatória. Os resultados foram apresentados em percentual. Resultados: Um total de 257 dentes foram tratados endodonticamente nesse período (2019 a 2021). O diagnóstico mais prevalente e os dentes mais comumente tratados foram o de periodontite apical assintomática (PAA) (33,33%) e os prés-molares (46,15%), respectivamente. Um total de 52 (21%) dos dentes tratados foram proservados clinicamente e radiograficamente. O sucesso do tratamento endodôntico foi de 98,08%, sendo 84,62% considerados curados, e 13,46% com cura incompleta. Cerca de 61,54% dessa amostra possuía restauração definitiva em resina composta, 13,46% possuía pino de fibra de vidro ou núcleo metálico, 23,08% estavam restaurados provisoriamente com Cimento de Ionômero de Vidro e 1,92% estavam sem selamento, com os canais expostos. Conclusão: O índice de sucesso do tratamento endodôntico realizado por graduandos da Faculdade de Odontologia da Universidade de Caxias do Sul foi alto (98,08%). Atenção especial deve ser dada a presença e a qualidade da restauração definitiva desses dentes, almejando o sucesso do tratamento endodôntico a longo prazo. Apesar de 61,54% dos elementos com tratamento endodôntico terem sido restaurados, em 34,38% dos mesmos, a adaptação estava insatisfatória. Dos 234 dentes avaliados nos prontuários, 69 (29%) não possuíam a ficha endodôntica diagnóstica completa no prontuário. Mais atenção deve ser dada aos prontuários, visando seu correto e completo preenchimento. [resumo fornecido pelo autor]