A depressão pós-parto refere-se a uma condição clínica grave que acomete as mulheres após darem à luz. Os sintomas se manifestam entre a quarta e a oitava semana do pós-parto, com manifestações físicas e emocionais. Na contemporaneidade, as mídias digitais têm direcionado suas pautas para a saúde mental, contribuindo com a conscientização da população em geral. Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo geral identificar possíveis contribuições do profissional da psicologia junto a mulheres puérperas com depressão pós-parto no contexto da mídia digital. E propõe como objetivos específicos: caracterizar a depressão pós-parto; elaborar um panorama biopsicossocial da mulher no puerpério; conceituar mídia digital. Organizou-se a revisão da literatura de modo a responder os objetivos específicos propostos. Como delineamento, foi escolhida a pesquisa qualitativa de caráter exploratório e interpretativo. Foram selecionados 15 vídeos da plataforma YouTube com o tema depressão pós-parto, cujos dados foram organizados em uma tabela. Esses foram interpretados de acordo com a análise de conteúdo de Laville e Dionne, utilizando o modelo aberto de categorização e a técnica de interpretação do emparelhamento. Foram elaboradas cinco categorias, nomeadas: Sintomas da Depressão Pós-Parto, Possíveis Causas da Depressão Pós-Parto, Repercussões nas Relações, Experiência da Gestação e do Parto e Busca por Tratamentos. A discussão foi norteada com base em três momentos, derivados da união das categorias. No primeiro momento buscou-se compreender a relação entre os principais sintomas da DPP e a experiência da gestação e do parto. No segundo momento foram relacionados às causas da DPP com as repercussões nas relações da puérpera. No último momento, foram identificados os tratamentos mais assertivos para a DPP. Os principais sintomas da DPP bem como as suas causas são de origem biopsicossocial necessitando um olhar sistemático e atento do profissional a todas as esferas da vida da puérpera para entender os sintomas e o fator desencadeante. O tratamento sempre é combinado com medicamento e psicoterapia, porém demonstra-se que a psicoterapia se mostra mais segura e eficaz no longo prazo. O profissional da psicologia pode contribuir no enfrentamento da DPP, bem como na prevenção da mesma, aderindo ao compartilhamento das informações sobre a doença e alcançando mais pessoas através das mídias digitais. [resumo fornecido pelo autor]