Traços perversos: a invisibilidade de um outro enquanto sujeito desejante
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Data
2022-12-08Autore
Scarabelot, Júlia Machado
Orientador
Cemin, Tânia Maria
Metadata
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O trabalho tem como temática de estudo abordar acerca do lugar do outro em um sujeito com traços de perversão. O objetivo é apresentar possíveis contribuições da psicanálise freudiana na compreensão do lugar do outro para o sujeito com traços perversos. Para tanto, aborda-se a diferença de conceitos como perversão e psicopatia, apresentando o lugar do outro no funcionamento psíquico neurótico e o lugar que este outro ocupa no sujeito perverso. No aporte teórico, estão sendo utilizados conceitos da psicanálise no que concerne à estrutura perversa e o lugar de um outro para o sujeito com esse funcionamento psíquico. No método, realiza-se uma pesquisa qualitativa com delineamento de cunho exploratório, descritivo e interpretativo. Nas fontes, tem-se a série brasileira "Bom dia, Verônica" do cineasta José Henrique Fonseca estreada no ano de 2020, com a envolvente história de um assassino. A partir disso, foi construída uma tabela com as cenas recortadas do artefato cultural e suas respectivas categorias. Na categoria 1, denominada "O poder de persuasão do sujeito com traços perversos", é possível identificar que o protagonista analisado, possui a capacidade de manipular e persuadir suas vítimas para conseguir o que deseja, anulando o outro como sujeito. Na categoria 2, "O triunfo do sujeito com traços perversos", tem-se posto que o indivíduo procura preencher uma falta exercendo seu poder e força sobre as vítimas. Assim sendo, pode-se identificar que o outro, para um sujeito com fortes traços perversos, é apenas um instrumento de satisfação para seus mais profundos e sombrios desejos, sendo percebido como invisível enquanto sujeito desejante. [resumo fornecido pelo autor]
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- Psicologia - Bacharelado [243]