O processo de adoecimento físico deve ser um tema também analisado pela psicologia, para compreender se há relações entre fatores psicológicos até o aparecimento de algum sintoma. Com isso, o presente estudo tem como objetivo geral analisar possíveis relações das crenças desadaptativas no processo de dor na vida adulta através de uma análise da teoria cognitivo comportamental, para tanto, foi fundamental identificar e conceituar sobre a dor crônica, apresentando sua prevalência em adultos, visto que é nessa fase da vida que este estudo visa aprofundar, além de caracterizar a teoria cognitivo comportamental. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, a busca se deu através dos bancos de dados eletrônicos do Google Acadêmico e da BVS PSI. Após a pesquisa em ambas as bases, foram considerados para o estudo, seis artigos que foram descritos na ficha de documentação bibliográfica para melhor análise dos seus conteúdos. Com base nos resultados foi avaliado um reduzido número de pesquisas que abordam o processo de dor e suas possíveis relações com as crenças disfuncionais, o que aponta para a necessidade de mais pesquisas na área. Os artigos apontam para uma prevalência de dor crônica em pacientes do sexo feminino e sugerem uma relação entre a baixa autoeficácia dos pacientes com fatores de pensamentos negativos que impactam na tolerância à dor. Além disso, as pesquisas explicitam que pacientes com dor crônica tendem a voltar-se para os sintomas privando-se de atividades que proporcionem bem-estar. Há a apresentação de resultados positivos no que tange as intervenções psicoterápicas da Teoria Cognitivo Comportamental (TCC) em pacientes com dor crônica, especialmente para sinais de baixa autoeficácia, incapacidade física, fadiga e sintomas depressivos, uma vez que a teoria estimula a modificação de comportamentos e pensamentos disfuncionais frente a experiência dolorosa, porém tem-se destacado a efetividade da psicoeducação neste processo. Comumente é observado em pacientes com dores crônicas a apresentação de sintomas de depressão, ansiedade, insônia e qualidade de vida reduzida. Considerando a psicologia uma área voltada ao ser humano e também ao seu adoecimento é crucial que se possa compreender melhor o fenômeno da dor e a sua relação com as crenças disfuncionais para intervenções mais assertivas e que a partir deste aprofundamento se possa considerar o ser humano na sua totalidade. [resumo fornecido pelo autor]