Hipertensão materna como preditora de alteração da pressão arterial em coorte de prematuros de muito baixo peso
Data
2024-06-11Autore
Vergani, Daiane de Oliveira Pereira
Orientador
Madi, José Mauro
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Introdução: A prevalência de doenças cardiovasculares tem apresentado um significativo aumento em crianças, adolescentes e jovens ao longo dos últimos anos. A exposição fetal intrauterina à hipertensão parece originar maiores riscos no desenvolvimento de doenças crônicas nos primeiros anos de vida.
Objetivo: Comparar a pressão arterial sistólica e prematuros nascidos com muito baixo peso (<1500g), expostos à síndrome hipertensiva na gestação à pressão arterial sistólica de não expostos, nos primeiros três anos de vida. Método: Estudo de coorte prospectivo que incluiu prematuros, acompanhados até os 36 meses de idade corrigida. Foram elegíveis para o estudo crianças com o peso de nascimentos <1500g e idade gestacional <37 semanas. A pressão arterial foi definida e classificada como normal quando inferior ao percentil 95 e hipertensão arterial quando superior ao percentil 95 para sexo, idade e altura. Resultados: Foram avaliados 236 prematuros com muito baixo peso ao nascer, 46,6% do sexo masculino, com idade gestacional mediana (IIQ) de 30 semanas (28 - 32) peso mediano de 1172g (981 - 1352). Os principais achados no grupo de expostos em relação aos não expostos foram: pressão arterial sistólica mediana 2mmHg maior (101mmHg vs 99mmHg - p=0,57); maior incidência de pequeno para idade gestacional (50,4% vs 21,8%; p<0,01) e menor incidência de prematuridade extrema (10,6% vs 24,8%; p<0,01). Conclusão: A elevação da pressão arterial no grupo exposto sugeriu uma associação entre a exposição à síndrome hipertensiva e o risco de pressão arterial elevada ainda na infância, enfatizando a importância do acompanhamento dessa população. [resumo fornecido pelo autor]