Tratamento de efluentes contendo alumínio utilizando osmose inversa
Fecha
2024-07-16Autor
Costamilan, Leonardo Tergolina
Orientador
Baldasso, Camila
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Constantemente os recursos hídricos são afetados pelos descartes impróprios de indústrias, os quais apresentam diversos contaminantes. Destes contaminantes presentes nos efluentes industriais, destaca-se o alumínio, um elemento com elevado potencial poluente devido à sua toxicidade. Além disso, o alumínio causa diversos problemas de saúde, especialmente relacionados ao sistema neurológico. Por conseguinte, o estudo em questão, visa buscar uma alternativa de tratamento de efluentes para remoção dos íons alumínio através do processo de separação por membranas conhecido como osmose inversa, com a finalidade de reutilizar totalmente os efluentes provenientes do processo de uma indústria cervejeira, adequando os efluentes conforme especificado pelo Ministério da Saúde na Portaria nº 5 de 2017 que destaca limites de 0,2 mg/L de alumínio na água. Com o propósito de alcançar esse objetivo, foram utilizadas quatro soluções sintéticas de sulfato de alumínio (Al2SO4) na alimentação do módulo de osmose inversa. As soluções aquosas foram feitas a partir da diluição do sulfato de alumínio, com o foco em analisar o comportamento de quatro concentrações diferentes de alumínio: Solução A (0,5 mg Al/L), B (1 mg Al/L), C (3 mg Al/L) e D (6 mg Al/L). Durante os testes com a membrana de osmose inversa, composta por polissulfona com camada seletiva de poliamida, foram realizados previamente ensaios de compactação e de permeabilidade hidráulica, recirculando água destilada pelo sistema. Após os ensaios de retenção com cada solução, a membrana de osmose inversa apresentou resultados promissores, atingindo valores para este parâmetro superiores à 90% em todos os testes, mantendo uma média superior à 96%. Em paralelo, foi avaliado o fenômeno de fouling, causado pela presença dos íons alumínio, o qual se mostrou presente após os ensaios. O fouling foi completamente removido através da limpeza química realizada a partir da metodologia proposta, restaurando também o desempenho inicial da membrana em todas as análises. A osmose inversa demonstrou grande potencial para o tratamento e remoção dos íons de alumínio de efluentes. Entretanto, é preciso um estudo mais detalhado neste contexto para que o processo possa ser efetivamente aplicado em escala real, visto que talvez haja a necessidade de pré-tratamentos para reduzir a frequência de limpezas na membrana. [resumo fornecido pelo autor]