O cotidiano da escola na pandemia da covid-19: uma docência em movimento pela voz dos professores
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Data
2024-08-09Autor
Roncarelli, Isadora Alves
Orientador
Stecanela, Nilda
Metadata
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A presente tese, abrigada no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Caxias do Sul, Linha de Pesquisa História e Filosofia da Educação, Grupo de Pesquisa OBSERVA, tem como objeto de estudo a docência em movimento na pandemia da Covid-19, e desenvolveu-se a partir da análise de documentos e da escuta de professores(as) atuantes na Rede Municipal de Ensino de Caxias do Sul -RS. O objetivo geral projetou analisar de que modo a pandemia da Covid-19 e a suspensão das aulas presenciais contribuíram para a adoção de novas práticas pedagógicas nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Caxias do Sul - RS, entre os anos de 2020 e 2021, considerando a perspectiva da docência em movimento, da adoção do Ensino Remoto Emergencial e o retorno escalonado à presencialidade. O referencial teórico utilizado teve como base, principalmente, as contribuições de Freire (1983, 2000, 2015, 2017, 2021), Elias (1994), Nóvoa (2009, 2021, 2022) e Santos (2020, 2021), para discutir a docência, a sociedade e a educação na pandemia. O método de pesquisa ancorou-se, essencialmente, na Sociologia do Cotidiano tematizada por Pais (2015), perpassando a análise documental de Bacellar (2010), um questionário de pesquisa, bem como a escuta de docentes por meio de Grupos de Discussão e Depoimentos, com base em Weller (2006), os quais geraram narrativas a respeito da dimensão do percebido pelos(as) professores(as) durante a pandemia. As narrativas foram analisadas por meio da Análise Textual Discursiva, proposta por Moraes e Galiazzi (2011). Dos dados construídos no corpus empírico, emergiram quatro categorias que destacam aspectos vivenciados pelos(as) docentes no período pandêmico, evidenciando os movimentos da docência que foram influenciados por aspectos profissionais, além das vivências pessoais, de saúde e familiares que se entrelaçaram com a docência em um período de Ensino Remoto. Os resultados da pesquisa permitem defender a tese de que a docência em movimento se mostra presente no cotidiano da pandemia e articula questões macrossociológicas da educação, no contexto de país, estado e município, além de questões microssociológicas, vividas no íntimo de cada fazer docente de professores(as) atuantes no contexto pandêmico. Estes movimentos (re)direcionam os possíveis futuros da educação, evocando práticas e organizações para a docência e para as escolas em sua individualidade e em sua constituição coletiva, reforçando a importância da minimização das desigualdades e do fortalecimento das escolas públicas para que em futuras (possíveis) pandemias, a organização das instituições educativas públicas, no atendimento aos estudantes, possa ser aprimorada. [resumo fornecido pelo autor]