Avaliação da resistência à abrasividade de compósitos de polipropileno e resíduos de granito com potencial aplicação em componentes automotivos
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Date
2024-12-18Author
Habas, Eduardo
Orientador
Poletto, Matheus
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A utilização de compósitos poliméricos reforçados com resíduos de rochas ornamentais, como o granito, possui potencial na indústria automotiva, pois combina leveza e resistência, características fundamentais para melhorar a eficiência energética dos veículos e reduzir as emissões de gases poluentes. O tipo de material atende à crescente demanda por soluções sustentáveis e economicamente viáveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto da incorporação de diferentes teores de pó de granito em compósitos de polipropileno, focando na resistência à abrasão e em possíveis aplicações no setor automotivo. A pesquisa contribui para a destinação sustentável de resíduos de rochas ornamentais e para o desenvolvimento de materiais inovadores para a indústria. Foram utilizados resíduos de granito (Cinza Corumbá) e polipropileno como matriz. O pó de granito foi incorporado em concentrações de 10%, 20%, 30% e 40% em massa, sendo triturado, peneirado a 45 mesh e seco antes do processamento, enquanto o polipropileno também foi pré-secado. O processamento dos compósitos foi realizado por extrusão a 190 °C e 200 rpm, seguido de moldagem por injeção para a obtenção de corpos de prova. Os ensaios realizados incluíram densidade, resistência à abrasão, tração, flexão e impacto. A caracterização dos compósitos incluiu análises por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), ensaios de densidade, propriedades mecânicas e resistência à abrasão, avaliando a interação matriz-carga e o impacto da variação de pó de granito. A densidade aumentou até 37% com 40% de carga, enquanto o módulo de tração e flexão cresceram 54% e 80%, respectivamente. Porém, a resistência à tração e à flexão reduziram até 47% e 9%, devido à má adesão entre matriz e carga. A resistência ao impacto foi maior com 10% de pó (42%), mas caiu em concentrações superiores. A resistência à abrasão piorou, com perda de massa de até 236% nas maiores concentrações. O MEV confirmou a distribuição heterogênea do pó e formação de crateras. Conclui-se que o pó de granito aumenta a rigidez, mas prejudica a resistência mecânica e ao desgaste em concentrações elevadas. Modificações, como compatibilizantes ou ajuste da granulometria, são sugeridas para melhorar o desempenho. [resumo fornecido pelo autor]