Avaliação da influência de diferentes tióis no desempenho de biossensores magnetielásticos para detecção de escherichia coli
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Data
2016-12-23Autore
Pozza, Márcia Dalla
Orientador
Missell, Frank Patrick
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Os métodos de detecção de patógenos, em geral, requerem dias para identificação de micro-organismos patogênicos, havendo interesse em uma detecção rápida e precisa em tempo real, os biossensores magnetoelásticos são uma alternativa promissora. Os sensores magnetoelásticos são dispositivos de detecção que podem ser acessados remotamente e sua aplicação no método de biossensoriamento possui sensibilidade mássica para espécies biológicas, oferecendo confiabilidade na detecção de patógenos como Escherichia coli. Neste trabalho, tiras amorfas Metglas 2826MB3 foram revestidas com Au pelos processos de deposição de sputtering e eletrodeposição e segmentadas em lâminas de 5 x 1 mm. Foram avaliados os parâmetros de rugosidade média absoluta (Ra), desvio padrão das alturas da superfície (Rq) e simetria do perfil de distribuição (Rsk) com a técnica de microscopia de força atômica aplicada em três superfícies distintas (lisa, rugosa e polida). Buscando melhorar a sensibilidade de detecção do dispositivo, avaliou-se a influência de diferentes tióis no desempenho de biossensores magnetoelásticos. Os compostos utilizados diferem no tamanho da cadeia carbônica e no grupamento terminal que liga-se ao anticorpo. Sobre a superfície polida revestida com Cr/Au pelo processo de sputtering depositou-se os compostos cistamina (CYS), cisteamina (CYSTE) e ácido mercaptopropiônico (MPA), seguido por anticorpos. Os biossensores foram expostos a solução de bactéria E. coli e a variação da frequência de ressonância foi medida com um analisador de rede. Foi possível constatar que a superfície polida revestida com Cr/Au pelo processo de sputtering apresentou menores valores de Ra e Rq e melhor perfil de distribuição (Rsk) em relação às demais superfícies estudadas. Os biossensores com o composto MPA mostraram um aumento na captação de bactérias em relação aos biossensores com os compostos CYS e CYSTE, porém altos valores de desvio padrão foram observados, dificultando a reprodutibilidade e confiabilidade do biossensor. Os biossensores testados com CYSTE apresentaram maior eficiência e menor limite de detecção em relação aos biossensores testados com CYS, apontando um melhoramento na utilização deste composto. Os resultados foram favoráveis para a detecção da bactéria E. coli, evidenciando que o tamanho da cadeia carbônica e o grupamento terminal influenciam na eficácia da imobilização deste patógeno em biossensores magnetoelásticos.