Feitiços hodiernos : o imaginário da bruxa na literatura infantil contemporânea
Zusammenfassung
Esta dissertação propõe uma análise dos livros infantis, A guerra dos gatos contra a bruxa da rua, de Heloisa Prieto (2001); Nem isso, nem aquilo, de Nye Ribeiro (2006); Bruxa, bruxa, venha à minha festa, de Ardem Druce (2008); A vassoura mágica e a fada encantada, de Nádia Aguiar (2009) e Uxa, ora fada, ora bruxa, de Sylvia Orthof (2014), que apresentam personagens bruxas, a partir do conceito de imaginário na perspectiva de Gilbert Durand (2001). Esta pesquisa tem como objetivo geral investigar como a literatura infantil contemporânea brasileira representa a bruxa, com base na teoria do imaginário. Ao longo deste estudo, exploramos as diversas representações da bruxa, levando em consideração como as figurações moldam a nossa percepção sobre as bruxas e como elas são percebidas com as mudanças sociais. Justifica-se a relevância de estudar a personagem bruxa pelo profundo impacto que exerce sobre o imaginário infantil. Analisamos a literatura infantil, a forma como foi composta e como foi vista ao longo do tempo e também como foram produzidos os primeiros livros para crianças. Estudamos o conceito de imaginário e o papel da bruxa na literatura infantil, seguindo em busca de compreender o imaginário através da teoria de Gilbert Durand (2001), de Mircea Eliade (1991,1979) e do pensamento de Marie-Louise Von Franz (1990), Carl Gustav Jung (2000). Também realizamos uma leitura e análise dos livros infantis mencionados, estudando a bruxa e sua trajetória. Observamos individualmente as suas características, a fim de demonstrar a bruxa e suas mudanças conforme as relações sociais. Conclui-se que a literatura infantil contemporânea traz a personagem bruxa, menos assustadora, mas com a mesma magia. [resumo fornecido pelo autor]