O etileno (C2H4) é um composto de origem natural, produzido por frutas e verduras em que possui o papel de um fitormônio, sendo assim o principal responsável pelo processo de amadurecimento. A fim de evitar a senescência precoce de frutas e vegetais no pós-colheita, sequestrantes de etileno são amplamente utilizados por produtores e grandes redes de supermercados. Cada vez mais o consumidor exige qualidade dos produtos adquiridos, sem a adição de conservantes. Obter um método eficaz de conservação saudável se faz necessário para se adequar as demandas do consumidor. Os sequestrantes de etileno estendem a vida útil de produtos frescos e mantem a qualidade original dos alimentos. Atualmente existem vários tipos de inibidores de etileno, como por exemplo sachês de zeólitas, dióxido de titânio, paládio e argilas naturais. Alguns modelos mais recentes de sequestrantes incorporam na embalagem o inibidor de etileno. O sistema mais utilizado para sequestrar etileno de produtos frescos é o permanganato de potássio (KMnO4), devido ao seu custo e a sua comprovada eficácia. Comumente impregnado em uma matriz inerte (suporte sólido), como por exemplo, sachês de gel sílica, carvão ativado, alumina, bentonitas, vermiculitas, montmorillonita e resinas de oxidação de troca iônica. O permanganato de potássio atua como agente oxidante na reação com o gás etileno. Há uma mudança de cor visível de violeta para marrom quando o etileno é oxidado a etileno glicol. Este processo acontece em 3 etapas, tendo primeira oxidação como produto o acetaldeído (C2H4O), que na sequência é oxidado a ácido acético e posteriormente oxidado a dióxido de carbono (CO2) e água (H2O). Neste trabalho foram realizados dois ensaios experimentais com bananas (Musa spp.) prata e caturra, em atmosferas modificadas com sachês sequestrantes de etileno a base de permanganato de potássio e permanganato de potássio com adição de oxido de manganês. Os dois ensaios tiveram a presença de sachês produzidos para uso comercial, e serviram de base para a confecção dos sachês experimentais. Após o período de armazenamento os testes de teor de sólidos solúveis (SST), acidez titulável (AT), firmeza e perda de massa fresca foram analisadas nos frutos e apresentados na forma discursiva e os dados apresentados em tabelas neste trabalho. [resumo fornecido pelo autor]