Memória e identidade na obra A Ilha das Árvores Perdidas, de Elif Shafak
Date
2025-01-07Author
Salvetti, Natália Sangali
Orientador
Knapp, Cristina Loff
Metadata
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Este estudo analisa, na obra A Ilha das Árvores Perdidas, da escritora turco-britânica Elif Shafak, como as memórias, tanto individuais quanto coletivas, atuam na construção da identidade cultural das personagens, especialmente da protagonista, a jovem Ada que, por muito tempo, foi privada do seu passado familiar. Para tais fins, o objetivo principal centra-se na investigação dos efeitos das memórias pessoais e coletivas e seu papel na construção de identidades, com ênfase na identidade cultural. Especificamente, examina-se o contexto migratório, buscando compreender como é articulada a trajetória das mulheres na obra, além dos impactos da migração em suas vidas. Na sequência, estuda-se o processo de construção de identidades culturais, enfatizando a importância da memória nesse processo. Por fim, analisa-se o papel simbólico da natureza na experiência de vida das personagens, propondo uma reconciliação com o passado em relação ao enredo. Dentre os autores utilizados, fazem parte do aporte teórico Hall (2003, 2006, 2016), Pollak (1992), Woodward (2014), Cuche (1999), Bhabha (1998) e Candau (2011). Os resultados obtidos permitem considerar que a depender do contexto e da geração, as respostas aos deslocamentos são divergentes, além de que a memória é essencial na constituição de identidade, uma vez que os conceitos estão intimamente ligados ao refletir acerca do sujeito social, já que as rememorações garantem às futuras gerações o conhecimento de suas raízes. [resumo fornecido pelo autor]