O trabalho se debruça em estudar crianças no estágio pré-operatório do desenvolvimento cognitivo, que conforme a teoria de Jean Piaget, compreende a faixa etária dos 2 aos 7 anos. Nesta fase, as crianças desenvolvem o pensamento simbólico, a linguagem e a imaginação, mas ainda enfrentam limitações como egocentrismo, irreversibilidade, centração e pensamento transdutivo, o que influencia sua forma de perceber e compreender o mundo. Piaget destaca que o desenvolvimento ocorre de maneira ativa, por meio da interação com o ambiente físico e social. No entanto, o uso excessivo de telas durante esse período crítico pode comprometer esse processo natural. Pesquisas indicam que a exposição prolongada a dispositivos eletrônicos pode afetar negativamente habilidades como atenção, memória, linguagem, funções executivas e interação social. Além disso, a passividade diante das telas pode limitar a criatividade e a construção ativa do conhecimento. Diante disso, é essencial que o uso da tecnologia na infância seja equilibrado com atividades que estimulem o desenvolvimento cognitivo e emocional, como brincadeiras simbólicas, interações sociais e exploração do ambiente real. No método foi utilizado uma abordagem qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre os impactos do uso excessivo de telas no desenvolvimento cognitivo infantil, especialmente no estágio pré-operatório proposto por Piaget. A pesquisa foi conduzida por meio de revisão bibliográfica, utilizando como fontes principais artigos científicos, livros e resumos acadêmicos, com ênfase em autores da área. A apresentação dos artigos utilizados para a análise foi realizada por meio de tabela, facilitando a sistematização e a codificação das informações. A análise dos dados, foi utilizada a técnica de síntese integradora, permitindo uma reflexão crítica e integração dos achados, com o intuito de discutir mais acerca do tema, mas sem pretensão de esgotá-lo. [resumo fornecido pelo autor]