Percepção da população sobre riscos de desastres naturais : um estudo pós-eventos climáticos decorrentes de chuva no RS
Fecha
2025-10-09Autor
Garcia, Thalia Tadiello
Orientador
Giacomello, Cintia Paese
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Compreender o comportamento da população após a vivência de desastres naturais pode contribuir para o aprimoramento das estratégias de prevenção e resposta a esses eventos, uma vez que a forma como os indivíduos percebem os riscos, avaliam sua vulnerabilidade e se dispõem a adotar medidas de autoproteção é fortemente influenciada por experiências anteriores. Nos anos de 2023 e 2024, o estado do Rio Grande do Sul foi atingido por enchentes de grande extensão, com impactos expressivos sobre a população, a infraestrutura e os sistemas locais de resposta a desastres. Diante dessa situação, esta dissertação teve como foco a análise da percepção da população a respeito dos riscos associados a desastres naturais, com ênfase nesses eventos. Para isso, buscou-se analisar os mecanismos de prevenção e gerenciamento de desastres com base, principalmente, nos dados da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) e da Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (COBRADE). A fim de identificar a percepção da população a respeito dos eventos climáticos, a metodologia utilizada foi uma survey baseado no instrumento aplicado por Shengnan et al. (2022), utilizando uma escala Likert, adaptado para a população-alvo: os habitantes dos municípios localizados no Vale do Rio Taquari - RS. A amostra coletada resultou em 184 respostas válidas, majoritariamente do sexo feminino, entre 18 e 44 anos. Observou-se nos resultados uma frequência maior de vivência em desastres naturais de caráter hídrico, como tempestades, alagamentos e inundações. Também foi possível identificar que os respondentes do sexo masculino demonstram maior segurança com relação a escapar de desastres e aqueles que possuem filhos têm uma tendência maior a reconhecer os riscos a fim de preservar a segurança de sua família. A análise da vivência prévia em desastres também resultou que aqueles que presenciaram um evento extremo, independentemente da quantidade de vezes, compreendem que os desastres podem impactar não somente a si, mas também suas propriedades e os municípios da região. Com isso, também estão mais dispostos a participar de atividades e treinamentos de Redução de Risco de Desastres e a cooperar com a comunidade em caso de recebimento de alertas antecipados.[resumo fornecido pelo autor]