Representações da modernidade na obra O Retrato, de Erico Verissimo
Fecha
2025-11-18Autor
Machado, Germana
Orientador
Alves, Márcio Miranda
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As manifestações de modernidade no Brasil do início do século XX repercutiram de forma ampla sobre a sociedade e as artes em geral. Alguns dos fenômenos observados nessa experiência histórica serviram como temas e motivos de abordagem para a literatura brasileira. Assim, este estudo analisa as representações da modernidade na obra O Retrato, de Erico Verissimo, particularmente nos episódios "Chantecler" e "A Sombra do Anjo", ambientados em 1910 e 1915, respectivamente. Segunda parte da trilogia O tempo e o vento, a narrativa apresenta a cidade fictícia de Santa Fé e o Sobrado, residência da família Terra Cambará, como espaços de manifestação da modernidade no interior do Rio Grande do Sul. O objetivo da pesquisa é analisar as representações dessa modernidade na obra de Erico Verissimo, observando os conflitos e as tensões que emergem de novos padrões de comportamento social, diretamente influenciados pelas ideias da Belle Époque francesa. O jovem personagem Rodrigo Cambará, protagonista da narrativa, assume o papel do sujeito moderno que busca transformar o seu entorno de acordo com as expectativas e aspirações modernas da época, colocando-se em oposição aos costumes e tradições de Santa Fé. Como aporte teórico, utilizam-se Marshall Berman (1986), Walter Benjamin (1989), David Harvey (1992) e Charles Baudelaire (2006), entre outros. Conclui-se que as expressões da modernidade em O Retrato revelam um embate de forças entre o moderno e o tradicional. Além disso, o que acontece em Santa Fé pode ser visto como uma alegoria dos conflitos ocorridos no estado e no país, os quais veem a expansão de novas formas de comportamento, novos padrões estéticos e novos posicionamentos diante da vida em sociedade, considerando suas dimensões econômicas, artísticas e culturais. [resumo fornecido pelo autor]
