Estudo bioguiado da Própolis Vermelha Brasileira visando à atividade antibacteriana
Datum
2017-04-07Autor
Rufatto, Luciane Corbellini
Orientador
Silva, Sidnei Moura e
Metadata
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O desenvolvimento de fármacos eficientes no combate às infecções bacterianas foi um processo que revolucionou áreas voltadas à prevenção e terapêutica de doenças infecciosas. Entretanto, o uso indiscriminado destes agentes antibacterianos, fez com que as bactérias
desenvolvessem inúmeras defesas, tornando-se resistentes. Esta resistência é um problema cada vez mais grave para a saúde pública mundial, impondo limitações preocupantes no tratamento das doenças causadas por bactérias. Desta forma, os produtos de origem natural emergem como importantes provedores de compostos bioativos, servindo para o desenvolvimento e a síntese de um grande número de novos fármacos. A própolis é um destes produtos, a qual vem sendo bastante utilizada na medicina popular devido as suas inúmeras propriedades biológicas, entre elas a antibacteriana, que estão associadas à presença de
compostos como flavonoides, terpenos, derivados fenólicos, entre outros. Desta forma, este trabalho teve como objetivo a realização de um estudo bioguiado com o extrato hidroalcoólico da própolis vermelha de Alagoas (Brasil), sendo possível obter subfrações com significante
atividade bacteriostática. A subfração SC2 demonstrou os melhores resultados, evidenciandose pela sua potente ação frente Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, com CIM de 56,75 µg.mL-1, 28,37 µg.mL-1, 454 µg.mL-1 e 227 µg.mL-1, respectivamente. Todavia, o estudo também revelou um efeito citotóxico frente à linhagem celular não tumoral Vero. Além disso, a caracterização química realizada por Espectrometria de Massas de Alta Resolução (EMAR), Cromatografia a Líquido de Alta
Eficiência com detector UV (CLAE-UV) e Cromatografia a Gás acoplada com Espectrometria de Massas (CG-EM) permitiu a identificação de importantes compostos
químicos marcadores desta própolis, como a Formononetina (m/z 267.0663), Biochanina A (m/z 283.0601) e Liquiritigenina (m/z 255.0655), além de outros compostos relevantes com 7 comprovada atividade antibacteriana. Portanto, a própolis vermelha brasileira mostra-se como uma alternativa terapêutica promissora para prevenir e combater doenças infecciosas, sendo fonte de compostos biologicamente ativos contra micro-organismos patogênicos.