Avaliação do potencial de produção de etanol e xilitol a partir de xilose por macromicetos
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Date
2017-04-24Author
Rissi, Silvana
Orientador
Camassola, Marli
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A biomassa lignocelulósica é composta principalmente por celulose, hemicelulose e lignina, sendo a hemicelulose cerca de 30% da biomassa lignocelulósica, e desta fração 60% é xilose. Atualmente estudos vêm sendo realizados para aproveitar as pentoses provenientes da hidrólise de lignocelulósicos. Neste sentido avaliou-se o potencial de produção de etanol e
xilitol a partir de xilose, pelos macromicetos Fomitella supina FS044/09, Pycnoporus sanguineus PS451/10, Trametes elegans TE604/10, Trametes hirsuta TH172/10, T. hirsuta TH358/10, T. hirsuta TH703/10, Trametes membranacea TM102/10, T. membranacea TM130/10, T.membranacea TM140/10, T. membranacea TM157/10, T. membranácea TM158/10, T.membranacea TM397/10 e Trametes versicolor TV482/10. De modo aleatório,
selecionou-se uma linhagem de cada gênero e avaliou-se a condição de aeração. A linhagem Trametes elegans TE604/10 apresentou rendimento de 41,11% na produção de xilitol, em condição anaeróbia, em contrapartida na condição aeróbia o rendimento foi de 3,66%. As outras duas linhagens, F. supina FS044/09 e P. sanguineus PS451/10 também apresentaram
rendimentos maiores para xilitol em condição anaeróbia. Verificou-se produção de etanol apenas por fungos do gênero Trametes. As maiores produções de etanol a partir de xilose foram obtidas para a linhagem T. membranacea TM158/10, sendo de 5,65±0,21 g.L-1 em pH 4 e 28°C (288 h de processo) e 5,59±0,05 g.L-1
em pH 5 e 24°C (360 h). Quando realizada a conversão dos açúcares gerados a partir da hidrólise enzimática de bagaço de cana-de-açúcar, verificou-se maiores rendimentos de 74% para etanol e 15% para xilitol. Embora as produções precisam ser otimizadas, neste trabalho evidenciou-se a possibilidade de utilização
de micélios de T. membranacea para a produção simultânea de etanol e xilitol a partir de pentoses, abrindo a possibilidade de novos desenvolvimentos de tecnologias empregando açúcares liberados da hidrólise de ligncelulósicos.