As viagens e o turismo pelas lentes do deficiente físico praticante de esporte adaptado: um estudo de caso
Datum
2014-05-19Autor
Goulart, Renata Ramos
Orientador
Negrine, Airton da Silva
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O presente estudo teve como objetivo descrever e analisar as percepções que os deficientes físicos que fazem parte do Centro Integrado dos Portadores de Deficiência Física de Caxias do Sul-RS-Brasil CIDeF apresentam em relação aos destinos visitados. Na condição de atletas, essas pessoas viajam para competir e, no intervalo dos jogos, no período de folga da competição, realizam atividades turísticas, além de usufruírem da infra-estrutura destinada à prática dessas atividades, como transporte rodoviário, transporte aéreo, hospedagem entre outros. O marco teórico foi elaborado com a intenção de discutir alguns conceitos relacionados aos portadores de necessidades especiais, o deficiente no contexto social, apresentando-se o paradigma da inclusão, a criação dos estigmas e as questões de acessibilidade aos mais diversos lugares. Encaminhou-se, em seguida, para as discussões referentes à participação dos deficientes físicos nas atividades de lazer e de turismo, e às relações entre as viagens de turismo esportivo e os portadores de necessidades especiais. A trajetória metodológica apresenta-se na forma de um estudo etnográfico de corte qualitativo. Trata-se de um estudo de caso, uma vez que os participantes fazem parte do grupo esportivo, o CIDeF. Para coleta das informações, utilizaram-se os seguintes instrumentos: análise documental, observação e entrevista. A descrição das informações levou à estruturação das seguintes categorias de análise: Perfil dos deficientes físicos estudados; Experiências e viagens os destinos significativos, e Percepções dos deficientes físicos frente às condições de acessibilidade. O estudo revelou que os atletas portadores de necessidades especiais, que fazem parte do CIDeF, percebem que viajar tem fundamental importância para sua qualidade de vida. As dificuldades encontradas apresentam-se principalmente sob a forma de barreiras arquitetônicas, mostrando-se como as mais complicadas, na opinião dos participantes da pesquisa: o difícil acesso aos banheiros nos hotéis e a falta de ônibus rodoviário adaptado.