Avaliação da atividade antioxidante, antiinflamatória e analgésica de sementes de resíduos de vinificação
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Data
2014-05-22Autor
Scola, Gustavo
Orientador
Salvador, Mirian
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A produção mundial de vinho, estimada em torno de 149 milhões de hectolitros por ano, gera uma grande quantidade de resíduos (aproximadamente 13% do peso da uva processada), o qual é utilizado como fertilizante ou simplesmente descartado. Estes resíduos são ricos em polifenóis, capazes de prevenir diversas patologias, incluindo câncer, aterosclerose e doenças neurodegenerativas. Neste trabalho, avaliou-se o conteúdo de polifenóis totais, atividade antioxidante, antiinflamatória e analgésica de extratos aquosos obtidos a partir de sementes de resíduos de vinificação de Vitis labrusca (cv. Bordo e Isabel) e Vitis vinifera (cv. Cabernet Sauvignon e Merlot). Os compostos fenólicos majoritários encontrados nos extratos foram a (+)-catequina, (-)-epicatequina e (-)-epigalocatequina, dímeros de procianidinas B1, B2, B3, B4 e o ácido gálico. Todos os extratos mostraram importante atividade antioxidante, tanto in vitro, como em células eucarióticas da levedura Saccharomyces cerevisiae. Observou-se uma correlação positiva entre a atividade antioxidante e o conteúdo de polifenóis totais, sugerindo que esses compostos são responsáveis, ao menos, em parte, pelo efeito biológico observado. Nenhum dos extratos apresentou atividade analgésica, mas todos mostraram-se capazes de diminuir a migração linfocitária em ratos tratados com carragenina. Esses dados sugerem que é possível obter-se extratos aquosos a partir de resíduos de vinificação, tanto de V. vinifera como de V. labrusca, com importante atividade biológica.