Jovens geração Z : percepções na construção de um caminho em direção ao mundo do trabalho
Fecha
2018-08-09Orientador
Motta, Marta Elisete Ventura da
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Pesquisa realizada pela Agenda Juventude Brasil (SNJ, 2014) retratou ser a inserção no mundo do trabalho um dos temas mais relevantes para a vida dos jovens. O objetivo central desse estudo foi avaliar o posicionamento dos jovens do 3º ano do ensino médio em relação ao mundo do trabalho, estabelecendo uma relação com a percepção dos professores e gestores de recursos humanos de Caxias do Sul. Aspectos como o perfil do jovem, significado do trabalho, carreira, empregabilidade e tecnologia foram temas de discussão nesse estudo. Para tanto, quanto aos aspectos metodológicos, adotou-se uma pesquisa aplicada de caráter exploratória a partir de um estudo quanti-qualitativo. A etapa quantitativa, operacionalizada por meio de uma survey, contemplou os alunos e professores das escolas públicas e particulares de Caxias do Sul. Na etapa qualitativa foram realizadas entrevistas em profundidade com gestores de recursos humanos ligados a empresas do setor metalmecânico de Caxias do Sul, com o objetivo de apresentar a percepção empresarial sobre a inserção do jovem no mundo do trabalho. Realizou-se uma triangulação dos dados a fim de propiciar uma melhor compreensão a respeito dos achados. Resultados apontaram que o jovem do 3º ano do ensino médio de Caxias do Sul tem características da Geração Z e que atribui um significado ao trabalho a partir da escolha de uma profissão a qual considere importante, pela qual se interesse e na qual se sinta feliz, onde o sucesso estaria relacionado à adoção de bons hábitos de trabalho. Assim, ele poderia dar o seu melhor e ser reconhecido como competente. Com isso, a fim de realizar as melhores escolhas na carreira, a pesquisa apontou que eles deveriam considerar profissões que fossem ao encontro dos seus gostos, suas atitudes e qualidades, analisando suas capacidades, interesses e valores. A trabalhabilidade surgiu como uma evolução do conceito de empregabilidade, onde o jovem desenvolveria a habilidade de trabalhar e gerar renda, oferecendo ao mundo do trabalho algo que ele saiba fazer bem, de uma forma mais autônoma, sem a preocupação de estar vinculado a uma empresa pelos regimes formais de emprego. A partir da trabalhabilidade, pode-se inferir que o propósito é o que estabelece as relações do jovem geração Z com os aspectos relacionados ao trabalho, ou seja, ele precisa visualizar um propósito no trabalho que irá desenvolver, caso contrário, pode facilmente se desmotivar e buscar novos caminhos à procura de propósitos e desafios.