Efeitos de novaluron, glifosato e Metarhizium rileyi sobre o sistema imune, parâmetros biológicos e metabolismo redox de Anticarsia gemmatalis
Fecha
2018-09-13Autor
Visentin, Ana Paula Vargas
Orientador
Barros, Neiva Monteiro de
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O sucesso na implementação de programas efetivos de manejo integrado de pragas necessita da compreensão do mecanismo de ação de agentes de controle e agroquímicos sobre os insetos e sua compatibilidade. Anticarsia gemmatalis (Hübner, 1818) (Lepidoptera: Erebidae) é uma das principais pragas da cultura de soja do mundo, causando grandes perdas para a produção agrícola. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar as alterações que ocorrem no sistema imune, parâmetros biológicos e metabolismo redox em A. gemmatalis quando infectada pelo fungo entomopatogênico Metarhizium rileyi e em tratamentos com
novaluron e glifosato. Para tal foram realizados bioensaios para a contagem total (CTH) e
diferencial (CDH) de hemócitos, avaliação dos parâmetros biológicos e efeitos secundários, análise do metabolismo redox por meio da atividade da enzima superóxido dismutase e catalase e níveis de óxido nítrico em A. gemmatalis, além da sensibilidade do fungo
entomopatogênico aos agroquímicos novaluron e glifosato. As maiores alterações no sistema imune dos insetos foram observadas com novaluron, sendo que os hemócitos não foram eficazes, gerando um colapso no sistema imune. O inseticida afetou a esporulação e o
crescimento micelial de M. rileyi. Nas avaliações com M. rileyi, na menor concentração (1.107 conídios/mL) evidenciou-se aumento no número de células de defesa sugerindo que o sistema imune foi capaz de atenuar a ação do entomopatógeno. A ação do glifosato no sistema
imune dos insetos foi mais discreta, sendo que logo após a infecção este é ativado e atua na eliminação da molécula. Além disso, observou-se que o mesmo gerou alterações no sistema
antioxidante das lagartas por meio de análises do metabolismo redox, juntamente com
malformações em pupas e adultos. O herbicida também afetou o crescimento micelial e a
esporulação do fungo entomopatogênico, podendo comprometer sua eficácia. Dessa forma
sugere- se mais estudos relacionados ao intervalo de exposição entre os dois agentes a fim de que possam ser utilizados sem que ocorram interferências nos seus respectivos mecanismos de ação. [resumo fornecido pelo autor]