Fototerapia na melhora do desempenho e na recuperação muscular: comparação com crioterapia e entre diferentes formas de emissão de luz
Fecha
2018-11-28Autor
De Marchi, Thiago
Orientador
Salvador, Mirian
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A fotobiomodulação (FBM) pode ser utilizada isoladamente ou como coadjuvante no tratamento de diversas patologias. Estudos recentes sugerem que o uso profilático de laser/luz de baixa potência tem efeitos ergogênicos no desempenho atlético e na recuperação pós-atividade. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos proporcionados por diferentes emissões de luz, com a combinação de diferentes fontes, e avaliar o efeito da FBM e da crioterapia como formas de recuperação muscular pós-exercício de alta intensidade, bem como verificar o efeito da FBM aplicada antes de uma situação real de jogo. Para tal, 86 voluntários foram incluídos em três estudos randomizados, controlados (placebo) e duplo-cegos. No primeiro, quarenta voluntários foram aleatoriamente distribuídos em cinco grupos: Grupo Placebo; Fototerapia, Crioterapia, Crioterapia-Fototerapia, Fototerapia-Crioterapia. Todos os indivíduos realizaram quatro sessões, intervaladas por um período de 24 horas, onde foram submetidos à avaliação isométrica (CVM) e coletas sanguíneas em momentos pré-exercício, 5 e 60 min. pós-exercício. O protocolo de indução a fadiga muscular (PIFM) ocorreu após as coletas pré-exercício. Nas sessões de 24h, 48h e 72h realizaram-se apenas as coletas sanguíneas e as CVMs. A FBM e a crioterapia foram aplicadas sempre e somente 2 minutos após a realização do teste de CVM pós 5min. No segundo estudo, quarenta indivíduos masculinos foram randomizados em quatro grupos: placebo, laser/luz contínua de alta potência, laser/luz contínua de baixa potência ou um laser/luz pulsada de baixa potência (composto de lasers e LEDs). Uma dose única de 180 J ou placebo foi administrada ao quadríceps. Foi avaliado CVM, atraso no início da dor muscular e atividade da creatina quinase (CK) desde a linha de base até 96 horas após o PIFM. Já para o terceiro estudo, a pesquisa incluiu seis atletas profissionais de futsal. Em cada partida oficial os atletas receberam a aplicação de FBM ou placebo, 40 min antes da partida. Foi coletado sangue basal, imediatamente após o final da partida e 48h após. Além disso, os jogos foram filmados e os vídeos analisados para quantificar o tempo que os atletas permaneciam em quadra e a distância percorrida durante o jogo por cada atleta. Os marcadores bioquímicos avaliados foram CK, lactato desidrogenase, lactato e danos oxidativos em lipídios e proteínas. Obtivemos como principais resultados: os exercícios propostos geraram diminuição na CVM, bem como elevaram significativamente os valores basais de creatina quinase, lactato desidrogenase, lactato e danos oxidativos a lipídios e proteínas. Quando comparamos a crioterapia com a FBM, 4 podemos verificar que o grupo fototerapia obteve os melhores resultados na recuperação muscular. Quando optamos por testar tipos diferentes de emissão de luz, observamos melhores resultados no grupo laser / luz pulsada de baixa potência. Assim escolhemos este tipo de luz para testarmos em condições de jogo e obtivemos uma melhora na performance e na recuperação muscular de atletas profissionais submetidos a partidas oficiais de futsal. Sendo assim, concluímos que a utilização de FBM é mais eficiente que a crioterapia na recuperação muscular, que dentre as possibilidades de FBM a luz pulsada de baixa potência é a melhor opção. Verificando-se essas observações em situações e condições reais, fora de ambiente laboratorial, é possível concluir que a aplicação prévia de FBM pode melhorar o desempenho e acelerar a recuperação de jogadores de futsal de alto nível.