Níveis plasmáticos de progranulina em pacientes obesos antes e após cirurgia bariátrica em derivação gástrica em Y de Roux: um estudo longitudinal
Datum
2018-12-26Autor
Kraemer, Michele de Souza
Orientador
Gehrke, Bruna Bellincanta Nicoletto
Metadata
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Introdução: A cirurgia bariátrica destaca-se como a intervenção mais efetiva a longo prazo para perda de peso sustentável e melhora metabólica em pacientes com obesidade. A progranulina foi recentemente identificada como um adipocina relacionada à obesidade e inflamação, revelando sua função metabólica e propriedades pró-inflamatórias. O objetivo deste estudo foi avaliar os níveis plasmáticos de progranulina antes e após seis meses de cirurgia bariátrica em derivação gástrica em Y de Roux por laparotomia (BGYR). Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal, incluindo 23 pacientes com obesidade submetidos ao BGYR. Foram avaliados dados demográficos, clínicos, composição corporal e taxa metabólica de repouso (TMR). Para avaliação dos níveis plasmáticos de progranulina, uma amostra de sangue periférico foi coletada antes e 6 meses após o procedimento cirúrgico, analisados através do método ELISA. Para verificar as correlações entre diferentes parâmetros, o coeficiente de Pearson foi utilizado. Para determinação da significância estatística foi considerado o valor de p <0,05. Os dados foram analisados através do programa Statistical Package for Social Sciences, versão 20.0. Resultados: O estudo foi composto em sua maior parte por mulheres (78,3%), com idade média de 42,3 ± 10,8 anos. Quanto aos parâmetros antropométricos, houve diferença nos valores pré e pós BGYR, como redução do peso, índice de massa corporal, percentual de gordura e circunferências. Todos os parâmetros laboratoriais melhoraram, como perfil lipídico e glicemia de jejum, assim como os valores da TMR também diminuíram significativamente. Os níveis plasmáticos de progranulina reduziram de 47,56 ± 13,47 ng/ml antes do BGYR para 40,45 ± 9,92 ng/ml após 6 meses de cirurgia (p=0,005). A redução da progranulina não apresentou correlação com dados corporais e laboratoriais. Conclusões: Os níveis plasmáticos de progranulina reduziram significativamente após o BGYR e essa redução não se correlacionou com parâmetros antropométricos, de composição corporal e laboratoriais. [resumo fornecido pelo autor]