O ensino de língua portuguesa como língua de acolhimento a imigrantes: por uma contribuição sociolinguística
Fecha
2019-12-18Autor
Vieira, Leandro Rocha
Orientador
Niederauer, Carina Maria Melchiors
Metadatos
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Esta pesquisa tem como objetivo propor novas estratégias de ensino de língua portuguesa como língua de acolhimento (PLA) a imigrantes no sentido de colaborar com o desenvolvimento de competências linguísticas, sociais e interculturais desses sujeitos, em especial, daqueles que frequentam aulas no Projeto Língua Portuguesa como passaporte para a cidadania, no campus Bento Gonçalves do IFRS. Para tanto, são abordados conceitos como língua, cultura, sociedade e imigração a partir do que é proposto por Cuche (2002), Bourdieu (1998), Pesavento (2002), Bagno (2002, 2012), Grosso (2010) e Zamberlan et al. (2014). Esta investigação está pautada nos pressupostos teóricos da Sociolinguística nos estudos de Labov ([1976] 2006), Calvet (2002) e Bagno (2002, 2012) e da Competência Comunicativa, nos ensinamentos de Coseriu (1992) e Hymes (1972, 2006). Procuramos, assim, demonstrar a intrínseca relação desses conceitos. Para tanto, refletimos sobre como essas teorias são transpostas à educação e incorporadas ao ensino e à aprendizagem da língua, sendo perceptíveis no fazer metodológico do professor e na realização da linguagem pelos alunos, que se encontram em situação de imersão linguística e cultural. Assim, a partir da prática de sala de aula e de produções textuais dos estudantes, verificamos como acontece o fazer
pedagógico e como os aprendizes vêm assimilando a língua, momento no qual emergiram algumas dificuldades, e é com base nisso que propomos ações. Para a realização da análise, tomamos como parâmetro o que é proposto pelo Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR), em termos de descritores e níveis de proficiência, especificamente, no
que se refere aos níveis A1, A2 e B1, nos quais classificamos esses indivíduos. Concluiu-se com esta pesquisa que os pressupostos da sociolinguística e da competência comunicativa têm potencial para fundamentar teoricamente o ensino e a aprendizagem de PLA, e que essas atividades podem ser melhor desenvolvidas com conhecimentos linguísticos associados a
questões sociais e interculturais, proporcionando-se, assim, experiências mais significativas na língua e na efetiva integração social dos imigrantes.
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