Competências no ensino superior no curso de administração em tempos de biopolítica: assujeitamento e fortalecimento do homo oeconomicus
Data
2019-12-02Autore
Andreolli, Nédio Antônio
Orientador
Rosa, Geraldo Antônio da
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A presente dissertação discorre sobre o tema competências no Ensino Superior delimitando as competências no Curso de Administração no cenário biopolítico atual, tendo como objetivo geral analisar os discursos das competências propostas no Curso Superior de Administração a partir de algumas alternativas oriundas do pensamento de Foucault que questionem o
assujeitamento em uma perspectiva que não corrobore com o fortalecimento do homo oeconomicus. Para atingir o objetivo geral do estudo, foram definidos como objetivos específicos: historicizar as competências no Curso de Administração imbricadas em relação de força e jogos de verdades, identificar e tensionar as competências desenvolvidas no decorrer do Curso Superior de Administração e relacionar as políticas regulatórias em cada instância. A metodologia empregada foi a pesquisa exploratória e descritiva, fundamentada nas concepções arqueológicas e genealógicas da obra “Nascimento da biopolítica” e de outras obras de Michel Foucault e comentadores. A contribuição deste estudo no campo científico se
dá por não haver elevado número de estudos que aborde essa questão; já no campo profissional, está na valorização do trabalho daqueles que apostam na qualificação; por fim, no campo pessoal, relaciona-se à chance de ampliação da atuação na pesquisa acadêmica e de atualização das práticas docentes. Como resultado, tem-se que na hipótese Foucaultiana é
possível analisar e refletir sobre as competências no Ensino Superior do Curso de Administração sob os aspectos de uma biopolítica negativa e de uma biopolítica positiva. Na perspectiva negativa, um sujeito assujeitado é visto como um simples recurso, enquanto na perspectiva positiva, onde a vida está acima de qualquer instância, o ser humano é compreendido como o ponto de partida. É uma visão de ser humano. É a biopolítica no cuidado de si. Considera-se que esta investigação não procura desconstruir as trajetórias dos processos referentes ao Curso de Administração, porém oferece possibilidades de reflexão voltada ao seu aprimoramento em face da complexidade do mundo contemporâneo, em que imperam diferentes dispositivos da biopolítica impactando na produção dos sujeitos.