Educação e linguagem desde a enunciação oral do professor de língua inglesa : autopercepção e percepção de alunos
Datum
2014-06-06Autor
Schulz, Lisiane Ott
Orientador
Azevedo, Tânia Maris de
Metadata
Zur LanganzeigeZusammenfassung
Esta investigação teve como objetivos: (a) verificar o grau de êxito da compreensão do
discurso oral docente de aprendizes de língua inglesa de nível de proficiência B2, conforme
classificação sugerida pelo Quadro Comum Europeu; e (b) identificar as percepções de
professores e alunos de cursos desse mesmo nível a respeito de como deve ser a enunciação
oral docente, com vistas à promoção efetiva do desenvolvimento da habilidade de
compreensão oral dos aprendizes. A finalidade deste estudo foi a de comparar a percepção dos
dois grupos, bem como contrastar essas opiniões com a finalidade didática da enunciação.
Tomamos por base a hipótese geral de que a maioria dos professores e alunos de nível B2 de
proficiência acredita que a enunciação oral docente deva ser apresentada de forma a
facilitar a compreensão do aprendiz e que isso promove o desenvolvimento da habilidade de
compreensão oral por parte deste último. Os dados foram coletados por meio de: (1) um
questionário de verificação da compreensão oral, aplicado aos alunos logo após a audição da
gravação do discurso de um professor; (2) questionários aplicados a professores e alunos
sobre suas percepções quanto a diferentes aspectos da enunciação oral docente, tais como
velocidade de fala, frequência de uso de léxico e estruturas sintáticas não familiares ao aluno,
uso da língua materna e entonação. A análise e discussão dos dados foram realizadas à luz da
teoria sociointeracionista, de Vygotsky, do conceito de aprendizagem significativa, de
Ausubel, e das teorias enunciativas de Benveniste e Bakhtin. Os dados apontam para o fato
de, tanto alunos quanto professores, acreditarem que o discurso docente deva ser apresentado
de forma a facilitar a compreensão oral discente e que essa crença reflita-se na prática do
professor; também indicam que a maioria dos professores não parece relacionar a forma como
o discurso oral docente é proferido à possibilidade de isso auxiliar no desenvolvimento da
habilidade de compreensão discente.