O anticomunismo na seção Correspondência Caipira do Correio Riograndense (1945-1955): sarcasmo e linguagem regional nas crônicas de Zé Fernandes
Date
2020-12-14Author
Armiliato, Tales Giovani
Orientador
Alves, Márcio Miranda
Metadata
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Este trabalho tem como objetivo geral analisar as manifestações anticomunistas de Zé Fernandes na seção Correspondência Caipira do Jornal Correio Riograndense, observando o recurso do sarcasmo na linguagem regional caipira e gaúcha utilizado pelo cronista. Publicada semanalmente desde 1941 até 1965, as crônicas da seção Correspondência Caipira são escritas por Zé Fernandes, pseudônimo de Frei Dionísio Veronese. Este estudo analisa 15 dessas crônicas, publicadas no periódico entre 1945 e 1955, sendo que 10 delas correspondem a uma crítica anticomunista que se utiliza de argumentos políticos; outras 5 combatem o comunismo com argumentos da religião. O material analisado, totalmente digitalizado, encontra-se no acervo histórico dos jornais do Centro de Memória presente no site da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. Os objetivos específicos desta pesquisa são: analisar os momentos políticos que se desenvolvem na região da Serra, Estado e país sob a ótica da comunicação através da persuasão; levantar fatos que demonstrem ações políticas através da imprensa e no Correio Riograndense; realizar o apontamento das diferenças entre comunismo e anticomunismo na história da imprensa; analisar o sarcasmo presente nas crônicas como um recurso literário e também argumentativo (do ponto de vista político e religioso); identificar a relação da língua como elemento regional, dentre os regionalismos caipira e gaúcho; contribuir para a compreensão da história regional e sua relação com a política, a leitura, a literatura e a comunicação. O referencial teórico utilizado neste estudo está baseado, principalmente, nas áreas da leitura, literatura, história e comunicação, como: Chartier (1990), Darnton (1990), Althusser (2003), Anderson (1989), Barthes (1984), Bakhtin (2003), Bauman (1997), Bobbio (1989) Bourdieu (2001), Bosi (2006), Candido (1999), Chaves (2006), Cuche (2002), Eco (2000), Erbolato (1982), Guibbs (2000) Habermas (2002), Hall (2011), Lobato (1962), Lopes Neto (1983), Rodeghero (1998), Rüdiger (2003), Thompson (1998) e outros [resumo fornecido pelo autor].