Perfil epidemiológico do hipotireoidismo congênito na população do Sistema Único de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul
Fecha
2020-12-12Autor
Rizzotto, Márcia Inês Boff
Orientador
Garcia, Rosa Maria Rahmi
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Introdução e justificativa: No Brasil, o Programa Nacional de Triagem Neonatal do hipotireoidismo congênito (HC), do Ministério da Saúde, é realizado desde 2001. Estudos regionais, desenvolvidos para análise de dados de recém-nascidos (RNs)rastreados, são importantes para o gerenciamento de saúde pública. Objetivos: Avaliar as características epidemiológicas da população de (RNs) da rede pública no Rio Grande do Sul (RS), que foram rastreados para HC, no período de 2008 a 2017. Metodologia: Estudo retrospectivo populacional, com dados coletados no Serviço de Referência de Triagem Neonatal do Rio Grande do Sul (RS), de RNs submetidos ao rastreamento neonatal entre 2008 e 2017. Foram considerados casos de HC aqueles com resultado de TSH em papel filtro > 9 mUI/L e TSH sérico (TSHs) confirmatório > 10 mUI/L. Variáveis maternas (idade, tipo de parto, gemelaridade, intercorrências gestacionais, doença tireoidiana prévia a gestação e
consanguinidade) e neonatais (sexo, peso ao nascimento, idade gestacional,
doença tireoidiana familiar, presença de malformação congênita e/ou síndrome
genética) foram coletadas para análise de associação com o diagnóstico.
Resultados: De 1.395.925 nascimentos vivos no RS, 1.043.565 RNs foram
rastreados. Destes, 830 (0,08%) tiveram TSHf > 9 mUI/L e foram submetidos a
dosagem de TSHs. Confirmou-se HC (transitório e permanente) em 439 (60.7%). A prevalência foi de 40.3 casos/100.000 RNs triados (IC 95% 36.8 - 43.9/100.000). O sexo masculino mostrou probabilidade 46% menor para HC [OR 0.54 (IC 95% (0.39 - 0.73), p < 0.001)], comparado com o sexo feminino, mesmo após ajuste para as variáveis idade gestacional, presença de malformações congênitas, intercorrências gestacionais e idade materna. Conclusão: A prevalência de HC (transitórios e permanente) em RN da rede pública de saúde do RS foi de 1 caso por 2481 NV rastreados. Apesar da semelhança com os dados de outros estudos, a comparação ficou limitada por diferentes metodologias e protocolos de rastreamento utilizados [ resumo fornecido pelo autor].