Docência, Síndrome de Burnout e gênero: alguns olhares e reflexões
Fecha
2020-12-15Autor
Lazzarotto, Sahrja Cristina Rebelatto
Orientador
Luchese, Terciane Ângela
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O presente trabalho aborda as condições de trabalho docente atentando para o tema Síndrome de Burnout e a perspectiva de Gênero, trazendo como objetivo a investigação do modo como as professoras do Ensino Médio de uma escola estadual de uma cidade da Serra Gaúcha consideram o clima entre os colegas de trabalho, se há possíveis níveis de estresse no ambiente laboral e os possíveis motivos para a existência do esgotamento profissional. A investigação que foi realizada é de cunho qualitativo e se realizou utilizando a metodologia do estudo de caso (YIN, 2010), havendo como ferramenta de coleta de dados a aplicação de um questionário realizado com dezesseis professoras que atuam no Ensino Médio na escola onde realizou-se a investigação. As respostas ao questionário foram analisadas por meio de princípios da análise de conteúdo (MORAES, 1999) associado aos diversos conhecimentos bibliográficos, fazendo a utilização de referências na temática como: Carlotto (2013), Codo (2002), Dejours (1997), Esteve (1999), Hirata, H; Kergoat (2007), Lipp (2003), Rissi (2015) para dar resposta à questão mais relevante da pesquisa: "Quem, porque e do que adoecem as professoras atuantes no Ensino Médio, em especial, de uma escola Estadual de uma cidade da Serra Gaúcha? A pesquisa desenvolvida mostrou que a maioria dos professores respondendo ao questionário não se sentem estressadas em relação ao seu trabalho, bem como, consideram que há um ambiente propício para o desenvolvimento de suas atividades diárias. Também dizem que a escola possui boa estrutura e oferece bons materiais para desenvolverem suas aulas quando comparada as grandes cidades, nas quais as pessoas perdem muito tempo no deslocamento até o trabalho, gerando altos níveis de estresse. De outro lado, na literatura especializada, de modo geral, nas grandes cidades brasileiras e em outros contextos urbanos há um registro crescente de professores afastados do trabalho por questões de saúde. Isso se dá pelo fato da rotina delas serem muito mais atarefadas quando comparada com a rotina das participantes da minha pesquisa nessa pequena cidade da Serra Gaúcha. As mulheres são percentualmente as mais atingidas e apesar de elas serem mais cuidadosas em relação a sua saúde, essa realidade está mudando e vale a pena o olhar mais atencioso para os mais diversos riscos causados pela rotina turbulenta. Através desta pesquisa foi possível ter acesso à diferentes opiniões, convicções e pontos de vista em relação à presente temática. [resumo fornecido pelo autor]