Luto infantil e possíveis repercussões no desenvolvimento vincular
Datum
2021-07-05Autor
Colombo, Lucas Ballardin
Orientador
Cemin, Tânia Maria
Metadata
Zur LanganzeigeZusammenfassung
O luto infantil por perda materna na vida de uma criança de três a seis anos é uma experiência emocional muito intensa, podendo ser um fator determinante em toda a trajetória de vida deste pequeno ser. Entende-se que o processo de enlutamento é vivenciado de maneira muito subjetiva e que muitos fatores estão implicados neste processo. Um dos principais fatores é o modelo de apego que foi constituído na relação parental com esta criança e também a forma como o processo de luto será vivenciado pelos familiares sobreviventes. Neste presente estudo, busca-se compreender as possíveis repercussões da perda materna no desenvolvimento vincular de uma criança que atravessa a segunda infância, bem como, fatores que a protegem para atravessar este processo de um modo mais organizado e saudável, potencializando a manutenção ou evolução de seu modelo de apego. A base da construção deste estudo foi realizada principalmente a partir da teoria do apego de John Bowlby, com aprofundamentos através de teóricos como Parkes, Aberastury, Ainsworth, entre outros. Faz-se também relações entre teoria do apego e o processo de luto, abordando os fatores protetivos do processo de luto e aqueles que impedem que o seu curso ocorra de modo saudável e organizado. Para tanto, a partir de um estudo qualitativo, com análise de conteúdo de Laville e Dionne, organizou-se as seguintes categorias: Categoria 1 - A Notícia da Perda, Categoria 2 - Os Cuidados Posteriores à Morte, Categoria 3 - Construção da Concepção de Irreversibilidade da Morte, Categoria 4 - Vinculação com a Figura Materna, todas elas extraídas do filme Ponette. Na discussão buscou-se aproximar a teoria do referencial teórico com o conteúdo das cenas selecionadas do filme, compreendendo como a jovem Ponette atravessa o processo de luto. Pode-se considerar ainda que, a consistência dos cuidados do adulto ao longo do processo de luto infantil, é um fator protetivo para a manutenção ou evolução do modelo de apego da criança, já constituído. [resumo fornecido pelo autor]
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- Psicologia - Bacharelado [243]