Tem, mas tá faltando: gestos interpretativos sobre turismo e carnaval de rua na cidade de Maceió - AL (Brasil)
Fecha
2021-07-27Autor
Silva Neto, Ernani Viana da
Orientador
Gastal, Susana de Araújo
Metadatos
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Esta pesquisa aborda as configurações do debate contemporâneo acerca dos campos do Turismo e da Cultura e suas mediações via planejamento público nacional, com referenciais nos países alinhados com a economia global. Toma-se como base investigativa o processo de turistificação da cidade de Maceió, no estado brasileiro de Alagoas, pondo em paralelo o percurso histórico das suas particularidades culturais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com caráter exploratório, no seu primeiro momento, a ser seguida de uma análise interpretativa dos dados levantados. Todo este percurso se faz necessário para responder a seguinte problemática: Sendo o Carnaval o momento em que se performatizam as tramas relacionais existentes de um dado agrupamento social, quais são os aspectos que esta festividade revela no que se refere à articulação entre os Campos do Turismo e da Cultura na cidade de Maceió? Como objetivos colocam-se: Historicizar o Carnaval em Maceió-AL; dissertar sobre os principais eventos desenvolvidos durante as festividades de Carnaval, em paralelo com a oferta turística no período; analisar a inserção-inter-relação da cultura no processo histórico do Turismo em Maceió e sua atual configuração; investigar, nos discursos dos sujeitos de pesquisa, os eixos de tensão e entendimentos dos campos turístico e cultural. Para alcançar estes objetivos utilizamos como técnica: Pesquisa bibliográfica e documental e entrevista em profundidade semiestruturada. Constatamos que as mudanças da centralidade festiva carnavalesca muda conforme a expansão urbana. Os dados indicam que o abandono de Maceió pelas elites locais no feriado momesco é uma ação tradicional que perdura no tempo. Radicaliza-se na passagem para o século XXI, pela oferta turística de programação foliã em cidades litorâneas nos estados vizinhos. Alagoas insere-se geograficamente entre os dois maiores polos carnavalescos do país, Pernambuco e Bahia, nos quais haveria a assimilação identitária das expressões populares da cultura local em seus Carnavais, alimentando certo senso de pertencimento (baianidade; pernambucanidade), o que ainda seria pouco presente na busca por uma alagoanidade. [resumo fornecido pelo autor]