O punk é um fenômeno contra cultural urbano que desde meados da década de 1970, utiliza a arte como principal ferramenta de crítica ao sistema e modo de vida tradicionais da sociedade capitalista, principalmente através da música e da estética. Com músicas compostas por em média três acordes, com sonoridade rápida e pesada, além da utilização de roupas totalmente fora de sintonia com os padrões da moda. O indivíduo punk tenta chamar a atenção da sociedade com a finalidade de construir um novo modo de vida, baseado na ausência de hierarquias, coerção, preconceitos e consumismo. O presente trabalho tem como objetivo estudar como funcionava a expressão punk em Caxias do Sul, sobretudo por meio de entrevistas de história oral, onde se busca perceber o que motivava o punk caxiense a se expressar, e quais eram as ferramentas de fala utilizadas pelos integrantes do movimento. Utilizando os conceitos de campo, habitus e violência simbólica, trabalhados pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, a pesquisa utiliza o método interdisciplinar para compreender como o indivíduo punk entendia a sociedade em que vivia, ou seja, qual sua visão sobre o comportamento social, a política, as relações sociais, os problemas urbanos, as disputas entre classes e o que era ser punk para ele. Assim a partir da visão dos próprios punks sobre a realidade social procuramos apontar suas formas de expressão e ativismo. [resumo fornecido pelo autor]