O presente texto resulta de um projeto de pesquisa, que faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso, que investigou os processos educativos intergeracionais entre avós e netos, a partir da dimensão da convivência no período da pandemia da Covid-19. A metodologia de natureza qualitativa e o método exploratório serviram de inspiração para a construção dos dados empíricos, por meio de entrevistas on-line semiestruturadas. Estas foram realizadas por intermédio de aplicativo de conversa com oito perguntas abertas, as quais serviram de fonte para embasar o diálogo. A amostra é constituída por sete avós idosas. O tempo de convivência que as avós estão tendo com os netos no período da pandemia tornou-se um elemento qualificador de aprendizagens, considerando que a presença é de maior tempo. Nas entrevistas, surgiram vozes afirmando que o cuidado das crianças fica sob responsabilidade, principalmente, das avós, pois, mesmo sendo casadas ou morando sozinhas, são elas que oferecem cuidado às crianças pequenas. As avós desta pesquisa ao serem perguntadas sobre o que aprenderam com seus netos na convivência em época de pandemia, em sua maioria, responderam: ter paciência e se reinventar. A saudade e o vazio são os sentimentos que predominam entre elas, quando ficam longe das crianças. Se constata a aprendizagem por interação, como, por exemplo, os simples momentos em que acontece a transmissão de saberes e fazeres, como uma herança da cultura familiar e comunitária de geração para geração. Assim, há a motivação diária para o dia seguinte, a busca por brincadeiras e atividades novas, mas, acima de tudo, o pensamento e a empatia com o outro. A significação de relação para além de parentesco, mas de amizade, companhia e diversão. [resumo fornecido pelo autor]