Coração selvagem: a imagem arquetípica de Dioniso nas canções de Belchior
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Data
2021-10-21Autor
Pezzini, Filippo Elia
Orientador
Rech, Alessandra Paula
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta dissertação analisa as canções do compositor cearense Belchior sob a lente da psicologia analítica de Carl Gustav Jung, com o enfoque nas imagens que evocam Dioniso, deus da mitologia grega. O objetivo principal é analisar os aspectos dionisíacos na obra de Belchior, demonstrando como isso se apresenta e qual a relação que se faz com a cultura contemporânea. O método da amplificação foi escolhido como princípio norteador da análise, uma vez que a ideia de aprofundar as imagens e os símbolos condiz com a proposta da crítica literária junguiana. A obra de Belchior é marcada por uma voz poética jovem, rebelde, coletiva, romântica, sensual e feminina, traços dionisíacos que aparecem do primeiro álbum, Mote e Glosa (1974), ao último, Bahiuno (1993). Se o artista é uma antena do seu tempo e
compensa uma atitude coletiva através da sua obra, então a obra belchiorina trouxe à tona o trágico e o dionisíaco em uma época que foi "proibido sonhar". [resumo fornecido pelo autor]