A experiência da velhice à flor da pele: o gesto da dança como formação do sujeito velho
Date
2022-03-15Author
Zucco, Amanda Khalil Suleiman
Orientador
Carbonara, Vanderlei
Metadata
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O presente estudo propõe-se a investigar os conceitos de corpo na fenomenologia de Merleau- Ponty e experiência na hermenêutica de Gadamer, a fim de analisar suas contribuições para a experiência estética do gesto dançado como formação do sujeito na velhice. Em Merleau-Ponty rompe-se a noção do corpo-objeto e compreende-se o corpo como presença entrelaçada no mundo, sendo que a existência é corporal, ou seja, o corpo como possibilidade de contato a partir da experiência, sendo assim, condição para a formação do sujeito velho. Em Gadamer, afasta-se da concepção moderna de experiência e orienta-se a partir da experiência hermenêutica com vistas ao processo de formação, e, especialmente para a experiência estética do gesto dançado na velhice. O desenvolvimento desta pesquisa orientou-se por uma investigação teórica-conceitual sobre os pensamentos filosóficos e algumas obras selecionadas de Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) e Hans-Georg Gadamer (1900-2002). Os movimentos investigativos se fazem a partir da análise, descrição e interpretação dos conceitos estruturantes de modo a elucidá-los e estabelecer diálogos com a temática do estudo. Assim, a presente dissertação está organizada em três capítulos. O primeiro, intitulado "Corpo e velhice em deslocamento: a caminho da corporeidade em Merleau-Ponty" apresenta um deslocamento da concepção de corpo-consciência e passa a orientar-se pela compreensão corporeidade em Merleau-Ponty, a fim de discutir o corpo na velhice. Logo após, o segundo capítulo "A experiência e a velhice: em busca da experiência estética em Gadamer" propõe a aproximação da experiência hermenêutica em Gadamer com a velhice, tendo em vista perseguir a experiência estética a partir do conceito de vivência. E, por fim, o terceiro capítulo "O gesto da dança e a formação na experiência da velhice: um horizonte de sentidos", apresenta o gesto dançado como possibilidade de experiência estética do artista na velhice, isto é, como formação do sujeito. [resumo fornecido pelo autor]