Este trabalho se propõe a refletir sobre o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) como possibilidade da garantia dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento de adolescentes. Nele iremos observar como um serviço de convivência e fortalecimento de vínculos funciona, considerando o mesmo como um serviço de proteção social básica do Sistema Única de Assistência Social (SUAS) e que tem como objetivo a prevenção de situações de risco social e promoção de atividades estimuladoras na construção de autonomia e de vivências individuais e coletivas. Dentro desse contexto, foi realizado entrevistas com adolescentes que são usuários do SCFV Casa Brasil, com o objetivo de investigar quais estratégias socioeducativas são oportunizadas aos adolescentes na perspectiva dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento no cotidiano não escolar de um serviço de convivência e fortalecimento de vínculos familiares e sociais. As reflexões apresentadas neste texto pautam-se teoricamente em autores que defendem a pedagogia transformadora, como Freire e Stecanela, e os resultados apresentados mostram que há diversos aprendizados trazidos pelos adolescentes, relacionados a regras de convivência, respeito ao próximo, importância da escuta e do diálogo e como esses aprendizados os tornaram pessoas em condições de exercer a cidadania e viver com dignidade. [resumo fornecido pelo autor]