Alterações na cinemática angular da marcha de pacientes hemiparéticos após acidente vascular encefálico
Resumo
Objetivo: Avaliar as alterações na cinemática angular da marcha de pacientes hemiparéticos após acidente vascular encefálica, comparando o lado afetado com o sadio e com a normalidade. Métodos: Este trabalho é um estudo observacional, analítico, com abordagem transversal, onde participaram 17 indivíduos hemiparéticos após Acidente Vascular Encefálico. A amostra foi selecionada na clínica de fisioterapia da Universidade de Caxias do Sul. A análise de marcha foi realizada no laboratório de marcha da mesma instituição, seguindo o protocolo de Laroche. As variáveis avaliadas foram a velocidade e cadência, ângulos máximos de flexão e extensão do quadril e joelho, do membro sadio e afetado. Foi utilizada estatística descritiva e para as comparações entre os membros e normalidade, os testes teste t pareado e t para uma amostra. O nível de significância adotado foi p=0,05. Resultados: A amostra foi composta de 17 participantes adultos, de ambos os sexos. Ao comparar membro sadio com afetado foram observados alterações significativas em flexão (p=0,001) e extensão (p=0,05) de joelho, sem grande variabilidade entre os membros nas angulações do quadril. Comparando o membro afetado com a normalidade houve diferença significativa nas angulações de flexão de joelho (p<0,000) e extensão (p=0,004) de quadril, indicando menor variação angular destas articulações durante a marcha. Conclusão: Os pacientes com hemiparesia apresentam alterações na cinemática angular da marcha quando comparado o membro afetado com o sadio e com a normalidade. Avaliar essas alterações é muito importante para o processo de reabilitação dos pacientes. [resumo fornecido pelo autor]