Variação linguística na Língua Brasileira de Sinais : um estudo comparativo em escolas de surdos no Sul do Brasil
Data
2023-03-03Autor
Santos, Marisol Cristina dos
Orientador
Fadanelli, Sabrina Bonqueves
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Viver em sociedade, relacionando os diferentes espaços de convivio, como escola, casa, trabalho, é um desafio. A variedade linguistica ali encontrada representa a riqueza da língua e a interação, porém poderá apresentar preconceitos e ideias erronaeas sobre a utilização feita pelas pessoas e cultura . Esta pesquisa de mestrado, realizada no Programa de Pós Graduação em Letras da UCS, tem por objetivo identificar como as regras fonológicas da Língua Brasileira de Sinais de duas comunidades de fala escolares se caracterizam como variantes. Para tal, foram escolhidas a Escola de Surdos Helen Keller e a Associação da Grande Florianópolis, ambas instituições responsáveis pela mediação do conhecimento aos surdos. Metodologicamente a pesquisa se inscreveu em uma abordagem qualitativa. Inicialmente foram selecionados 60 sinais relacionados com o ambiente escolar, através de vídeos de alunos obtidos com as escolas. A pesquisadora então se fotografou reproduzindo um recorte de quinze sinais que apresentavam variação. As variações foram analisadas com base na teoria Sociolinguística sobre variações linguísticas. A pesquisa incluiu principalmente o trabalho da área da Sociolinguística de Labov (2008), bem como autores da área da surdez como Quadros (2004), Strobel (2009), Stokoe (1960), entre outros. Concluiu-se que os alunos surdos utilizam-se de variantes linguísticas em seus discursos e que essas variações são um processo natural que ocorre na Libras. Embora a utilização das variações nas comunidades seja natural, dentro da escola, há uma fragilidade linguística por conta do desconhecimento das variações trazidas pelo aluno, sendo que o corpo docente pode vir a sentir necessidade de padronização. [resumo fornecido pelo autor]