Transtorno do Espectro Autista (TEA): intervenções psicoterápicas e implicações do diagnóstico para os pais
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Data
2022-12-13Autor
Steyer, Mara Dalila Pimentel
Orientador
Conte, Raquel Furtado
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O estudo aborda o tema das intervenções psicoterápicas para os pais de crianças que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a importância do auxílio psicológico em função deste diagnóstico. O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que evidencia complexidade e variabilidade, iniciando ainda na primeira infância, comprometendo a interação social, e as linguagens verbal e não verbal. Neste sentido, o objetivo geral identificar os conceitos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e as intervenções psicoterápicas e implicações do diagnóstico para os pais. Para isso foi necessário apresentar os conceitos do TEA; realizar um levamento das intervenções psicoterápicas com os pais de crianças autistas; e discutir as implicações do diagnóstico do autismo aos pais. Com esse foco, foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica qualitativa, de caráter exploratório e descritivo. A coleta de dados foi realizada no banco de dados do SciELO e nos periódicos eletrônicos em Psicologia, no intuito de atualizar o tema, cujo período da coleta de dados foi entre 2018 e 2022. O instrumento utilizado para tabular os estudos encontrados foi a elaboração de uma ficha catalográfica, e empregou-se a análise temática como referencial de análise. Foi verificado que o autismo compreende um transtorno que dificulta a comunicação, prejudicando as relações sociais; manifesta comportamentos repetitivos e restritivos; e acomete crianças em tenra idade. Os resultados
identificaram que as intervenções psicoterápicas direcionadas aos pais de crianças autistas, buscam ouvir suas narrativas abordando cinco elementos significativos: (1º) diagnóstico para compreender o filho autista; (2º) exclusividade da relação das mães com autistas; (3º) mães que oferecem maior atenção aos filhos e esquecem de si; (4º) realização de brincadeiras para
melhorar relação pai/filho autista; e (5º) escola é percebida pelos pais como parceira no cuidado do autista. Outra intervenção psicoterápica verificada em um dos estudos foi a aplicação da teoria da estrutura interna e contexto ecológico da coparentalidade de Feinberg. Já, as implicações do diagnóstico do autismo para os pais indicados nos estudos foram: a família se afasta do convívio social para oferecer maior atenção ao filho autista; sentimentos de exaustão, de solidão, desemparo e de vulnerabilidade; falta de apoio para lidar com o/a filho/a; e receber o diagnóstico precocemente auxilia no entendimento da demanda. Concluise que os pais que possuem filhos autistas necessitam de apoio contínuo, e o profissional psicólogo se configura como fundamental para atender essa demanda, auxiliando no acolhimento aos pais, familiares e/ou cuidadores; e oferecendo, por consequência, bem-estar e qualidade de vida aos autistas. [resumo fornecido pelo autor]
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- Psicologia - Bacharelado [243]