Ao apresentar esta publicação, que tem como objeto registrar a síntese dos exercícios executados na segunda edição do curso de Especialização em Conservação Arquitetônica - Diagnóstico e Intervenção da Universidade de Caxias do Sul, eu gostaria de recuperar dois dos temas significativos aqui abordados: autenticidade e ética. Muito se tratou sobre esses temas ao longo das aulas, pelos diferentes professores que compartilharam conhecimentos e experiências. Muitas experiências, teóricas e práticas. Experiências profissionais. De um lado, a ênfase na importância de se reconhecer a materialidade original, considerada autêntica, a que representa um documento e tem atributos para motivar esse tipo de trabalho especializado bem como potencial para contribuir com que suas peculiaridades consideradas essenciais também estejam disponíveis, com protagonismo, nas próximas gerações. De outro, o duplo papel do profissional envolvido na busca por sua preservação: o de guardião e o de arquiteto, para projetar e viabilizar continuidade, com funcionalidade e relevância, a cada etapa da trajetória. Na área do patrimônio é que entra o tema da ética. Da ética profissional. Da ética na intervenção. Dos critérios de intervenção. Em que se aplicam as teorias do restauro, se reconhece o patrimônio cultural e se definem e explicitam as diferentes operações necessárias à preservação. Porque são atributos do campo da autenticidade os que efetivamente contam as histórias. Nessa área, na intervenção, todo o complemento é novo e deve-se entrar com respeito, para não se sobrepor nem encobrir. Com critérios e ética. Ética de patrimônio.