O presente trabalho propõe-se a abordar a temática da participação da Psicologia no contexto dos desastres, especificamente nos desastres naturais. Foi utilizado como exemplo o caso do rompimento da barragem B1 na área do Córrego do Feijão, em Brumadinho/MG, ocorrida em janeiro de 2019. A tragédia foi a causa direta de 272 mortes e 11 pessoas desaparecidas, configurando-se como o maior acidente de trabalho da história do Brasil. Logo, entende-se que as consequências para a população, especialmente devido às perdas humanas e aos danos em infraestrutura e ao ambiente, requerem a participação de equipes multidisciplinares para a mitigação dos danos do desastre e para o tratamento das demandas já instaladas, sejam elas de ordem física ou mental. Entendendo a situação de desastre como geradora de grande angústia, a participação da Psicologia nestes contextos se faz de grande importância, especialmente com a participação do Conselho Regional de Psicologia do estado. A partir disso, são apresentados dados referentes aos danos biopsicossociais do desastre na população da região, bem como as consequências legais imputadas aos afetados e as tentativas de reparação. A partir das informações coletadas, foi realizada uma síntese integradora articulando os dados coletados na revisão de literatura com as informações disponíveis, visando responder os objetivos de pesquisa, evidenciando uma articulação com a prática da psicologia nestas situações. [resumo fornecido pelo autor]