| dc.description | A violência intrafamiliar é a quebra da integridade física, psicológica, sexual, moral e patrimonial de um indivíduo por um parente consanguíneo ou por afinidade, sendo um fenômeno complexo que evidencia a exacerbação dos conflitos sociais e uma necessidade de saúde relevante para o país. Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo geral identificar possíveis atuações do profissional da psicologia no contexto da violência intrafamiliar na perspectiva da saúde coletiva. E como objetivos específicos se propõe caracterizar a violência intrafamiliar na perspectiva dos estudos da psicologia; conceituar saúde coletiva e elaborar um panorama da atuação do profissional da psicologia nos serviços de saúde e de assistência no contexto brasileiro. O delineamento escolhido foi de uma pesquisa qualitativa e fenomenológica. As fontes utilizadas foram os documentários Nega II e Empoderadas, disponíveis na plataforma YouTube, que retratam a história de uma família residente no interior de São Paulo e as vivências desta com serviços de saúde, de assistência e de segurança pública. Os dados coletados dos recortes das cenas foram organizados em uma tabela composta pelos itens relações dos membros da família com os serviços, processo de vinculação dos membros da família com os serviços e avaliações dos membros da família do atendimento prestado pelos serviços. Como referencial de análise foi escolhido o método fenomenológico, de acordo com o modelo proposto por Moreira. Este método busca descrever a experiência vivida em uma análise fenomenológica de base merleau-pontyana. Os resultados foram organizados em duas temáticas, denominadas Experiências dos Usuários com os Serviços e Experiência dos Serviços com os Usuários. Na discussão, identifica-se a complexidade da violência intrafamiliar, envolvendo múltiplas formas de violência e vulnerabilidades. Destaca-se a atuação em conjunto dos serviços de assistência de saúde e de segurança pública no enfrentamento da violência intrafamiliar, bem como o uso de estratégias não punitivas para a reabilitação da dependência química. Outros pontos importantes são o entendimento do processo de engajamento dos usuários com os serviços e a presença majoritária de pessoas do gênero feminino como protagonistas da assistência e da segurança. A psicologia pode atuar na prevenção e na educação, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento de atividades de conscientização e de sensibilização junto à comunidade, escolas, instituições e outros contextos. Objetiva-se o apoio, o fortalecimento emocional e a orientação para o rompimento do ciclo da violência, em conjunto com outras áreas profissionais e a sociedade como um todo, contribuindo para a construção de relações saudáveis e para a proteção dos direitos humanos. [resumo fornecido pelo autor] | pt_BR |
